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[xtestimonial_item name=”Janine Brito” title=”Advogada” avatar=”3″ avatar_url=”http://jornaldoplanalto.com.br/web/wp-content/uploads/2015/12/Janine_Brito_web.jpg”] Advogada; empresária; diretora da Ferragens Pinheiro, empresa com mais de 50 anos na capital; e especialista em Gestão Financeira.
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Todo ano é a mesma história: o 13º salário vira a “salvação da lavoura” para muita gente. Há quem, inclusive, o comprometa meses antes de recebê-lo.
Criado pelo governo de João Goulart, por meio da Lei 4.090, de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto 57.155, de 03/11/1965, como uma espécie de gratificação natalina, ao final de um ano inteiro de trabalho, o 13º é um recurso extra para o empregado que, em 2015, mais do que nunca, deve tirar muita gente do sufoco.
No que aplicar? Como gastar, de forma consciente, o dinheiro? O que priorizar? Mais uma vez, o planejamento pode ser fundamental para organizar a sua vida financeira.
Que tal começar por um diagnóstico de sua situação econômica? Se está endividado e inadimplente, é importante saber se o cenário está sob controle ou não. O primeiro ponto é deixar claro: inadimplência acontece depois que o consumidor se compromete com o pagamento de algum valor em uma data e, seja pelo motivo que for, não consegue realiza-lo dentro do prazo. Em função disso, ocorrem cobranças, tendo até o risco de o consumidor ter o seu nome em lista de devedores de alguns órgãos, como Serasa e SPC. Se este for o seu caso, procure utilizar o dinheiro extra para liquidar esta dívida.
A questão é tão complexa que a tendência é interferir, diretamente, na relação familiar e profissional do indivíduo. Portanto, repensar a educação financeira da família (e na sua própria) pode se um importante passo para não agravar ainda mais o problema.
Ademais, quase sempre esquecida, a readequação do padrão de vida é um bom começo para mudar o cenário. Mas por que isso acontece? Por que, em geral, quem tem dificuldades em lidar com a questão financeira tende a repetir o padrão comportamental, ano após ano? A resposta talvez seja: precisamos educar mais os nossos filhos do ponto de vista financeiro.
Meu velho pai Getúlio Pinheiro de Brito já dizia: “quem não sabe lidar com o pouco, com o muito também não saberá”. Sábias palavras, que alguns anos depois passaram a fazer cada vez mais sentido para mim, ao ponto de transmiti-las, no meu dia a dia, não só para as minhas filhas, mas para todos os quais quero bem e que estão próximos pessoal ou profissionalmente.
A recomendação é que o décimo terceiro seja utilizado para a realização de sonhos e objetivos de curto, médio e longo prazos, o que inclui quitar as dívidas. Para quem está endividado, mas não inadimplente, a obrigação é honrar com seus compromissos e, para que isso ocorra, os valores devem estar no orçamento mensal.
Tudo, na teoria, parece fácil. Na verdade, é um gigantesco desafio. Uma questão de hábito. No final, educar-se financeiramente pode ser recompensador e extremamente gratificante ver materializados os sonhos que antes pareciam tão distantes. Pense nisso e que tenhamos todos nós um excelente final de ano.