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Comportamento: Nova geração alienada e o reflexo na sociedade me preocupa.

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Hoje em dia e contante participar de discursos sobre o assunto e por esse motivo me aprofundei ao assunto .

Temos presenciado, nos últimos anos, cada vez mais os jovens encurtarem sua infância. Eles já não possuem o hábito de brincar na rua ou cuidar de suas bonecas ou carrinhos – e os pais de hoje preocupam-se com o que os filhos estão fazendo na internet, no percurso para a escola ou para a casa de alguém, onde podem, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas. Os jovens estão deixando de viver sua fase mais lúdica buscando comportar-se como os adultos, vestindo-se como eles e experimentando coisas que eles, de fato, nunca experimentaram. Deixam de viver sua infância e adolescência e “amadurecem” sem projetos de vida, conteúdo ou valor para a sociedade.

Um exemplo é o crescente interesse dos jovens, mesmo os recém-saídos da infância, por estética e status. Piercings, tatuagens, alisamento para os cabelos, roupas “de marca”, produtos tecnológicos. Produtos de consumo de todos os tipos atraem sua atenção, fazendo a alegria dos vendedores. Os pais são, em boa parte, responsáveis por esses comportamentos. Mesmo aqueles que não possuem recursos financeiros entram em dívidas para poder atender aos desejos de seus filhos e ainda incentivam ou apoiam esse consumismo que esbanja futilidade e que agrega pouco ou nenhum valor cultural e social.

A falta de um discurso útil e articulado sobre os assuntos sexuais tem marcado a atuação de pais e escolas. Pais e educadores estão se omitindo na orientação sexual dos adolescentes. Índices apontam que, cada vez mais, jovens estão tendo sua primeira relação sexual antes dos 15 anos. Junto com essa experiência, vem o consumo de bebidas alcoólicas e, talvez nos casos mais extremos, de drogas. Garotas estão ficando gestantes de forma prematura, antes de concluírem o ensino fundamental, prejudicando assim a conclusão de seus estudos e formação profissional, fazendo crescer o índice de semianalfabetos e desvalorizando a mão de obra qualificada no país. O número elevado de jovens que conduzem carros sem habilitação e totalmente embriagados também expressa a falta de comunicação por parte dos pais junto à falta de uma política pública advinda de órgãos públicos. A bebida é a principal causa dos acidentes de trânsito e jovens que não possuem o registro para dirigir são os que mais abusam dessa combinação mortal de imprudência.

A rotina dos pais também influencia os atos dos filhos. Horas prolongadas fora de casa acabam afastando pais e filhos. Experiências e conversas não são transmitidas. Em muitos casos, essa falta de comunicação faz crescer a rebeldia, a violência e a criminalidade pelo simples fato de os pais não estarem presentes na vida dos seus filhos.

A sociedade, juntamente com o reforço das políticas públicas oficiais, deveria atentar mais ao caminho que os jovens estão percorrendo, pois eles são o futuro do desenvolvimento e crescimento de que o país tanto necessita para melhorar nossos índices sociais, como saúde, educação, segurança, transporte, principalmente. 

Projetos nas escolas poderiam ser desenvolvidos para aproximar a relação entre pais e filhos, projetos mais eficazes sobre consciência no trânsito, investimento em esportes para desenvolver disciplina, práticas saudáveis, comportamento grupal, entre outras melhorias que compõem e diferenciam o ser humano. Uma maior atenção com a educação fundamental e média fará que se criem adultos melhores, com potencial de fortalecer a sociedade como um todo.

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