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As construtoras vão baixar o valor do metro quadrado em Brasília?!

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Muitos clientes estão em busca de um imóvel, mas a pandemia ainda segura a decisão

Muitas pessoas têm nos procurado para escolher o imóvel ideal. Elas querem empreendimentos novos e prontos para morar, mas algumas delas não querem fechar negócio agora. O motivo? Querem aguardar passar esse momento de pandemia para tomar a decisão.

Grande parte dos interessados revelam a nós, corretores, que esperam das construtoras redução do valor do metro quadrado de imóvel no DF. Mas o que os clientes não sabem é que isso  dificilmente acontecerá.

O mercado  não parou como se imaginava. Do ponto de vista da demanda, os efeitos do coronavírus foram um tanto quanto curiosos. Com o dólar nas alturas, queda brusca da bolsa de valores e baixos rendimentos nas mais variadas aplicações, quem estava juntando dinheiro para fazer investimentos e quem tinha FGTS tratou rapidamente de aplicá-los em imóveis. Imóveis, como os abaixo de R$ 1,5 milhão (aplica-se a regra de uso do FGTS), continuaram a vender e as construtoras absorveram pouco prejuízo provocado pela pandemia.

De todo modo, para que as pessoas se utilizem logo desse recurso parado, é importante que as construtoras intensifiquem e acelerem as obras, pois as pessoas não querem assumir uma prestação mensal com correções e ficar no aluguel, mas sim, usar o dinheiro que seria do aluguel na compra do imóvel próprio.

Nota-se, portanto, a busca por ativos tangíveis com propósito de conferir maior segurança. Importante ressaltar que não existe fórmula mágica para proteção da carteira de investimentos, o ideal é diversificar.

Já do lado da construção, medidas foram adotadas para amenizar os impactos da pandemia. Uma delas foi a possibilidade de redução de salários – aprovada pelo governo federal – permitindo que grande parte das construtoras fizessem as devidas adequações junto aos seus operários, resultando na continuidade dos trabalhos sem grandes impactos.

Nesse cenário, para todos os canteiros de obras que se olha por Brasília, o trabalho não para. Sempre tomando as devidas precauções, as empresas de construção civil têm trabalhado diuturnamente para entregar as obras antes do prazo e darem início aos seus cronogramas de lançamento.

Agora, não se engane: em que pese haver uma preferência por imóveis prontos, há aqueles investidores que desejam comprar na planta. Estes conseguem preços mais atrativos por conta da primeira tabela de lançamento e buscam barganhar os melhores descontos com pagamento à vista e sem correções. Isso faz com que lá na frente, quando da entrega do imóvel, obtenha-se uma valorização considerável.

Diante de tudo isso, o segmento de construção civil, certamente, será o primeiro a  a dar sinais de recuperação da pandemia. Regiões como Águas Claras – que já está com o metro quadrado mais estável e vem aumentando aos poucos – e Noroeste – que também vem aumentando discretamente – se preparam para a retomada do mercado prometida para este ano.

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