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OPINIÃO – Desembargador Tutmés precisa respeitar mulher

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Segundo fontes em Alagoas, no famoso Tribunal de Justiça o desembargador Tutmés Airan já comemora vitória sobre o processo movido pela advogada Adriana Mangabeira contra ele.

O Supremo Tribunal de Justiça marcou para hoje, quarta-feira (2), o julgamento final do desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL), Tutmés Airan.

A defesa de Tutmés afirma que a advogada e empresária deveria ter entrado com processo contra o veículo de comunicação (Diário do Poder) que publicou áudio onde o desembargador chamou de “vagabunda” e “pilantra” a advogada tributarista, e não contra o magistrado…

Adriana pedia na Justiça o recebimento de honorários por um processo no qual atuou e apontou suspeitas de corrupção por parte do famoso desembargador. Ela chegou apresentar uma representação contra Tutmés no Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Tutmés, que tem alguns amigos influentes em Brasília,  segundo fontes já teria feito uma manobra para sagrar-se vencedor nesta quarta-feira.

Davi, do Diário do Poder, onde a matéria foi publicada, chegou a solicitar ao desembargador que falasse algo publicável, pois xingamento não era publicável. Foi então que Tutmés disse para postar os áudios “dessa vagabunda”, etc. Essa parte consta inclusive nos autos, juntada por Adriana.

No STJ, os ministros Nabor Magalhães e Mauro Campbell são amigos. Aliás o voto de Campbell é totalmente a favor de Tutmés. Ou seja: para ele, um magistrado acusado de corrupção e que foi denunciado ao CNJ, tem o direito a xingar uma mulher honrada, advogada tributarista, triatleta e empresária e nada lhe acontecerá. É mesmo o fim da picada! Cadê a Lei Maria da Penha?

É preciso lembrar que Adriana Mangabeira já sofreu muito com todo esse imbróglio envolvendo o magistrado alagoano. E ela teme pela própria vida, ao ponto de ser obrigada a andar de carro blindado!

Aliás, a advogada chegou a pedir asilo político e não obteve resposta, assim como pediu proteção à ministra Damares, que nunca lhe respondeu os e-mails enviados, assim como o ministro da Justiça.

A defesa de Adriana Mangabeira espera que, nesta quarta-feira (2), de fato o STJ aja não com corporativismo, mas sim, com justiça. É inaceitável o que ocorre no TJAL, onde alguns magistrados mais parecem ser  meros auxiliares de políticos envolvidos em denúncias de corrupção e enriquecimento ilícito. Ninguém está acima da Lei! Ninguém está acima da Constituição e dos direitos da mulher.

Se qualquer homem xingar uma mulher, isso já é assédio moral, é crime e merece ser devidamente identificado, denunciado e julgado. Se o STJ passar a mão nesse processo para proteger um desembargador arrogante e sem respeito com as mulheres, será cúmplice de uma atrocidade sem precedentes contra uma cidadã, contra uma mulher.

O machismo que impregna alguns tribunais em Alagoas, ainda ressoa em alguns gabinetes em Brasília. Se faz necessário lembrar que mulher não deve ser xingada, ameaçada, humilhada ou assassinada.

Em Brasília, graças a Deus, existem membros do Judiciário que são dignos da profissão. Honram suas capas e suas calças, respeitam a Constituição,  e não misturam amizade com o significado pleno da palavra justiça.

Por outro lado, existem magistrados arrogantes, prepotentes, amigos de poderosos políticos, machistas, mentirosos e amigos do poder e do dinheiro, que vendem sentenças, ajudam amigos corruptos e não estão nem aí para alguns casos. É por essa razão que alguns magistrados estão presos (por venda de sentenças), outros afastados e alguns aposentados compulsoriamente.

Hoje saberemos quem protege os oprimidos e quem abraça os poderosos. Hoje é o dia de conhecer melhor alguns membros do Superior Tribunal de Justiça. Hoje é dia de descobrir quem é joio e quem é trigo;  Quem é justo e quem é injusto;  Quem é sensato e quem é insensato.

Um desembargador xingar uma mulher, é a mais nítida demonstração da falta de educação, pudor, inteligência, respeito e humildade com o sexo oposto. Hoje o Brasil saberá se a Justiça ficará do lado do opressor ou da vítima.

Que Deus abençoe o Brasil, e que a Justiça não seja cega nem conivente com machista neste dia.

 

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