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Senado vota quinta-feira emendas que salvam vidas no trânsito

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O Senado decide na tarde desta quinta-feira (3/9) se atende às reivindicações de entidades médicas para preservar vidas no trânsito. Com a votação do PL 3267/2019, os senadores têm a chance de avaliar as emendas 32, 39, 42, 51 e 54, apresentadas pelos senadores Álvaro Dias (Podemos/PR); Weverton (PDT/MA); Wellington Fagundes (PL-MT); Nelsinho Trad (PSD/MS) e Jean Paul Prates (PT/RN), que sugerem a manutenção da periodicidade da renovação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) nos moldes atuais (5 em 5 anos para condutores até 64 anos e 3 em 3 anos para condutores maiores de 64 anos) para os motoristas de veículos pesados (com peso maior que 3.500 kg).

As emendas, resultado da mobilização de médicos e psicólogos especialistas em trânsito, buscam dosar a desburocratização de motoristas e a segurança viária de todos os envolvidos no Sistema Nacional de Trânsito. O texto beneficiará 85% dos motoristas, atendendo aos anseios do governo e da sociedade de forma segura.

Profissionais de saúde afirmam que estender o prazo a condutores de veículos pesados provocará aumento do número de acidentes graves nas estradas e rodovias. “O perfil de nossos motoristas é agressivo e as estatísticas nos colocam como o 4º país que mais mata no trânsito mundial, vivemos uma epidemia crônica que mata mais de 40 mil pessoas por ano, não é o momento de flexibilizar as normas que nos ajudaram a reduzir o número de acidentes nos últimos anos. A não incorporação dessas emendas ao texto final do relator será um retrocesso”, afirma o coordenador da Mobilização Nacional de Médicos e Psicólogos Especialistas em Trânsito, Alysson Coimbra.

Os especialistas em trânsito entendem que os motoristas de veículos pesados não podem ser tratados como motoristas comuns, uma vez que esses veículos maiores, quando envolvidos em acidentes, têm uma letalidade maior que os demais. “Estima-se que pelo menos 6 pessoas perdem a vida a cada acidente envolvendo veículos pesados”, afirma Alysson.

O especialista em Medicina do Tráfego Alysson Coimbra


As entidades argumentam que 80% dos condutores de veículos pesados são autônomos e a maioria só passa por uma avaliação médica no momento de renovar a CNH. “Estamos falando de uma categoria que tem uma rotina estressante, alimentação irregular e sofre com a privação do sono, fatores que podem potencializar a manifestação de diversas doenças que afetam a sua capacidade de dirigir com segurança”, completa Coimbra.

As entidades médicas que elaboraram as emendas são enfáticas ao afirmar que a manutenção da regra atual para essa categoria, que corresponde somente a 15% da frota nacional, é indispensável para garantir a saúde e segurança não só desses condutores, mas de todos os demais motoristas, pedestres e passageiros. “Cabe ao especialista a antecipação e intervenção em situações potencialmente graves como essa que envolve veículos pesados, para que no próximo ano esses veículos não figurem nas primeiras posições como causa de acidentes graves e letais, que certamente ceifarão muito mais vidas por todo o país”, finaliza Alysson Coimbra.

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