O presidente do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), ministro Humberto Martins sonha com uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
Mas se depender das feministas e parlamentares sérias que ocupam cadeiras no Senado e na Câmara, o sonho poderá não ser realizado.
Segundo informações, o ministro Humberto Martins ameaçou de morte a advogada Adriana Mangabeira Wanderley, para “proteger” o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan de Albuquerque Melo.
Adriana vai solicitar que a Corte Interamericana processe o ministro do STJ, porque o desembargador do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan até agora não foi punido no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Entretanto, o CNJ puniu o desembargador de São Paulo que chamou um guarda municipal de ‘analfabeto’. E cadê o respeito pela advogada brasileira xingada por um magistrado?
Segundo a advogada, ela não perderá mais tempo aqui porque para esse tipo de caso, existem acordos internacionais (APN 886-DF no STJ).
“Que país é esse, minha gente? O presidente do STJ quer ser ministro no STF, e simplesmente protege um desembargador amigo? É preciso relembrar que o filho de Humberto Martins já foi pego na Operação E$quema S, sob condução do juiz Marcelo Bretas! A denúncia do Ministério Público Federal (MPF) no âmbito desta operação apontou que o advogado Eduardo Martins, filho do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins, teria sido contratado “a pretexto de influir em atos praticados por ministros” da corte — ou seja, exercer influência no colegiado. Por outro lado, não acredito que nosso querido presidente Jair Bolsonaro coloque um ameaçador de morte de mulher no STF. Fui xingada, humilhada e ameaçada e ainda assim parece não existir justiça, e por isso estou sendo obrigada a recorrer aos organismos internacionais de defesa da mulher. Vejam só a que ponto nós chegamos”, afirmou a renomada advogada.
Para resumir a história, no total o filho do presidente do STJ teria obtido mediante contratos de honorários advocatícios um total de R$ 86,9 milhões, conforme a denúncia do MPF. O órgão aponta envolvimento de importantes advogados brasileiros em organização suspeita de desvios de cerca de R$ 355 milhões do Serviço Social do Comércio (Sesc-RJ), do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac-RJ) e da Federação do Comércio (Fecomércio-RJ). O MPF denunciou 26 pessoas.
Em 2014, o advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cristiano Zanin, com ajuda de Eduardo Martins e outro advogado, teria obtido de Orlando Diniz (o delator) a contratação de Martins por R$ 5,5 milhões. No mesmo ano, o filho do presidente do STJ teria obtido para si e para o advogado Eurico Teles, ex-CEO da OI, vantagem ilícita com prejuízo à Fecomércio-RJ de 2 milhões, sendo R$ 1,318 milhão para Martins. O pagamento seria para exercer a influência no STJ, disfarçado de contrato de honorário advocatício.
Eduardo Martins também teria obtido, com ajuda do delator e Cristiano Zanin, R$ 3,5 milhões por meio de contrato advocatício e com o mesmo objetivo. Em outra oportunidade, segundo denúncia, Cristiano Zanin obteve R$ 77,5 milhões para contratar Martins “a pretexto de influir em atos praticados por ministros do Superior Tribunal de Justiça”.
E mesmo assim, com toda esta história, Humberto Martins quer ir para o STF? Absurdo!