Por constatar indícios de infração disciplinar, a Corregedora Nacional de Justiça, ministra Maria Thereza de Assis Moura, deu continuidade ao procedimento administrativo que apura condutas do desembargador Divoncir Schreiner Maran, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, devido à fuga de um narcotraficante.
Em abril do último ano, devido ao risco de contaminação pela Covid-19, Maran concedeu prisão domiciliar a um homem sentenciado a 126 anos de prisão. Apenas oito horas após o benefício, o condenado rompeu a tornozeleira eletrônica e fugiu.
O juiz Rodrigo Pedrini Marcos, da 1ª Vara Criminal de Três Lagoas (MS), formulou reclamação disciplinar e apresentou documentos para auxiliar na decisão. Ele apontou falta de cautela do desembargador ao conceder a prisão domiciliar.
Mas a Corregedora Nacional de Justiça poderia questionar o ministro do STF, Marco Aurelio Mello, que numa canetada só, em outubro de 2020, soltou um grande traficante.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello reanalisou um habeas corpus concedido por ele mesmo em agosto e determinou a libertação do traficante André Oliveira Macedo, o André do Rap, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios de São Paulo.
André do Rap foi preso em setembro do ano passado, em uma operação feita pela Polícia Civil de São Paulo em um condomínio de luxo em Angra dos Reis, no litoral do Rio de Janeiro. Ele é investigado por ter função de liderança dentro do PCC e por gerenciar o envio de grandes remessas de cocaína à Europa.
Com senadores covardes, omissos e de cócoras diante de muitas decisões equivocadas, esdrúxulas e inconstitucionais de ministros do STF, e o silêncio ensurdecedor do CNJ, o Brasil retrocede no combate à corrupção, ressuscita políticos e ex-políticos corruptos e faz a alegria de alguns gananciosos donos de partidos políticos e leva temor às famílias honestas, ordeiras e trabalhadoras de nosso país, que não podem se armar para se defender da bandidagem.
Senadores tem o papel constitucional de aplicar impeachment em ministros do STF que agem abertamente com atos antidemocráticos contra o Brasil. Se os senadores não o fazem, para que servem então?
Reaja, Brasil!