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‘Gatinha da Cracolândia’ lucrava em média R$ 6 mil por dia com venda de drogas

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Segundo investigação, Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, chegava a movimentar até R$ 35 mil diários na região central de São Paulo; ela teve a prisão convertida para preventiva nesta sexta-feira

RIO – Lorraine Cutier Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como a “Gatinha da Cracolândia” lucrava em média R$ 6 mil por dia com tráfico de drogas na região central de São Paulo. Segundo as investigações, ela comprava um quilo de crack por cerca de R$ 21 mil e chegava a movimentar até R$ 35 mil nos melhores cenários. O montante, no entanto, era dividido com pelo menos dois comparsas.

‘Gatinha da Cracolândia’: Irmão da traficante afirma que a jovem vai pagar pelo que fez

Detida por tráfico de drogas na última quinta-feira, Lorraine teve a prisão convertida em preventiva ontem pela Justiça de São Paulo. A jovem foi presa em sua casa, em um condomínio fechado na cidade de Barueri, onde foram encontradas centenas de porções de crack, cocaína, maconha e ecstasy. Em seu perfil no Instagram, ela ostentava uma vida de luxo para seus mais de 30 mil seguidores.

— Ela pegava um quilo por cerca de R$ 21 mil e vendia até R$ 35 mil. É um lucro razoável. Essa média de R$ 6 mil é o que a gente imagina há uns dois meses. Hoje, com as operações você tem uma redução drástica na oferta da mercadoria, porque eles estão agora com muito receio das apreensões, que, quando feitas, são cobradas. Se você perdeu um quilo, você tem uma dívida que tem que ser paga — afirmou ao GLOBO o delegado Severino Pereira de Vasconcelos, do 77º Distrito Policial.

De acordo com ele, a “Gatinha da Cracolândia” ajudava o namorado André Luís Santos Almeida a administrar uma tenda na Cracolândia. Lorraine atuava em períodos distintos do dia, mas, desde a eclosão de operações policiais na região, ela passou a frequentar o local somente à noite. A jovem chegou a ser presa em flagrante no final de junho e foi transferida à prisão domiciliar para cuidar da filha bebê.

Para se disfarçar, Lorraine costumava a andar pela Cracolândia de capuz. As investigações apontam que ela atuava na região há pelo menos quatro meses. Segundo os agentes, a aparência da jovem destoava dos frequentadores da área, o que facilitou o trabalho para identificá-la.

— Como ela destoa da massa de usuários, é fácil de identificá-la no fluxo. Apesar de ela tentar se esconder atrás da blusa, porque realmente a beleza dela chamava muito atenção, mesmo assim a gente percebe os momentos em que ela está atuando — disse o delegado.

O mandado de prisão contra Lorraine foi cumprido pela Operação Carontes, da Polícia Civil. A “Gatinha da Cracolândia” ainda será interrogada no âmbito da operação, o que não tem previsão por ora. Outras diligências serão realizadas pelos agentes na próxima semana.

Em 2014, Lorraine perdeu o pai, o empresário Ricardo Bauer Romeiro, vítima de latrocínio – roubo seguido de morte. Na ocasião, ele levou um tiro na cabeça durante uma tentativa de assalto em Barueri, onde mora a família.

A reportagem não localizou a defesa de Lorraine até esta publicação. O espaço segue aberto a manifestação.

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