O governo federal gastou pelo menos R$ 1,072 milhão em dinheiro público durante a viagem do vice-presidente da República, Hamilton Mourão (PRTB), a Luanda, capital de Angola, na segunda metade de julho.
Informações prestadas pela Vice-Presidência da República ao Metrópoles, via Lei de Acesso à Informação (LAI), além de dados levantados pela reportagem no Painel de Viagens do Ministério da Economia, mostram que foram desembolsados R$ 441.930,16 em diárias, R$ 609.159,09 em passagens e R$ 20.818,29 com outros gastos, como seguro para viagens.
Os dados não incluem despesas com combustíveis nem com alimentação dos servidores, devido ao sigilo imposto sobre essas informações.
Durante o período no país africano, o vice-presidente se encontrou com o presidente angolano, João Lourenço, para tratar da crise sobre a atuação da Igreja Universal do Reino de Deus, a pedido do próprio presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
A crise já levou à suspensão da direção de origem brasileira da igreja no país e criou tensão política entre as duas nações.
“Na orientação que eu recebi, de maneira geral, era para conversar também sobre esse assunto, né?! Você pega o seguinte: 99 brasileiros foram expulsos do país angolano. Isso não é uma coisa simples, né?! Então, a gente tem que conversar sempre a respeito, né?! Imagina se 99 jornalistas fossem expulsos de um país. O governo aqui ia cruzar os braços? Não. É a mesma coisa”, disse Mourão, no dia 20.
Fonte : Metrópoles.