Um terremoto de magnitude 4,9 atingiu o Haiti na noite desta quarta-feira (18), informou o UGSG, instituto dos Estados Unidos que monitora os tremores em todo mundo. Os edifícios tremeram na cidade de Les Cayes, no sul do país.
O Haiti ainda não se recuperou do potente terremoto de magnitude 7,2 de sábado (14) e da passagem do ciclone tropical Grace na segunda-feira (17). O governo informou que, com o novo fenômeno, o número de mortos subiu para 2.189. Doze mil pessoas se feriram e outras 32 são consideradas desaparecidas.
O forte terremoto de sábado destruiu 2.868 edificações e danificou 5.410, disseram as autoridades. A situação deixou no limite os hospitais e os danos bloquearam estradas por onde são transportados suprimentos vitais para as vítimas.
No domingo (15), um terremoto de magnitude 5,9 foi notificado pelo o Centro Sismológico Europeu do Mediterrâneo (EMSC, na sigla em inglês). O tremor aconteceu a uma profundidade de 8 km (4,97 milhas), disse a EMSC.
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, decretou estado de emergência por 30 dias. Henry lamentou as mortes e disse, em nota, que já mobilizou recursos do governo para dar apoio às vítimas.
Ditadura, golpes e tragédias
A nação mais pobre das Américas tem um longo histórico de ditaduras e golpes de Estado.
Nos últimos meses, o Haiti enfrenta também uma crescente crise humanitária, com escassez de alimentos e aumento nas taxas de violência.
O PIB per capita do país é de US$ 1,6 mil por ano (cerca de R$ 8,5 mil), e cerca de 60% da população vive com menos de US$ 2 por dia (pouco mais de R$ 10).
O Haiti tem 11,3 milhões de habitantes, faz fronteira com a República Dominicana na ilha Hispaniola, no Caribe, e tem um dos menores IDHs (Índice de Desenvolvimento Humano) do mundo: 0,51.
Colonizado em 1492, após a chegada de Cristóvão Colombo à América, o Haiti foi o primeiro país do continente a conquistar a sua independência e a primeira república a ser liderada por negros, quando derrubou o domínio francês no começo do século XIX.
Fonte: G1.