A foto de uma moradora de Joinville, no Norte catarinense, recebendo a vacina contra a Covid-19 no músculo do ventroglúteo, próximo ao glúteo, chamou a atenção nas redes sociais, já que muitos municípios têm aplicado o imunizante no braço. Laura Braz, de 25 anos, foi vacinada com a primeira dose na sexta-feira (20).
A gerente de Vigilância em Saúde de Joinville, Fabiana Almeida, afirmou que outros imunizantes já são aplicados dessa forma no município. “Como já é rotina de outras vacinas, nós optamos pelo ventroglúteo”, disse.
A Diretoria de Vigilância Epidemiológica de Santa Catarina (Dive), porém, afirmou que não há diferença na eficácia da vacina ou posterior dor no local entre os dois músculos.
Sem diferença
A explicação da gerente de Vigilância em Saúde de Joinville, de aplicação da vacina conforme já é feito no município, está de acordo com as orientações da Dive. “O estado já orienta que seja feita [a imunização contra a Covid] como as vacinas de rotina”, disse a gerente de Imunização da Diretoria de Vigilância Epidemiológica, Arieli Fialho.
O ventroglúteo pode ser uma primeira opção.
“Esse músculo é maior, é livre de nervos. Desde que o profissional da saúde tenha capacitação para delimitar esse músculo, é uma opção”, afirmou Fialho.
Ela também disse, porém, que as bulas das vacinas falam mais do deltoide, que fica no braço. “A vacinação é intramuscular. Geralmente as bulas vêm com orientação de deltoide, mas não significa que não possa ser feita em outros músculos”, afirmou.
Não há um levantamento para saber quantos municípios catarinenses optam por braço ou ventroglúteo. “Acredito que a maioria seja deltoide. Como estão fazendo muito drive-thru, é um músculo de mais fácil acesso”, disse Fialho. Segundo ela, alguns pontos em Florianópolis também aplicam a vacina no ventroglúteo.