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Brasileiro em férias com a família na África do Sul tem voo cancelado por conta da variante ômicron e não sabe quando voltará a SP

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A viagem à África do Sul começou muito bem para o engenheiro Daniel Tribo Rizzuto, de 25 anos, e sua família, mas desde a noite de sexta-feira (26), ganhou ares de incerteza. Ele, o irmão e os pais voltariam para o Brasil neste domingo (28), mas, por conta da variante ômicron do coronavírus, todos os voos que partem daquele país estão cancelados.

“Estamos vivendo uma tensão enorme. Ninguém sabe de nada. Eles não sabem quando vai ter o retorno das operações de voo, todos os voos foram cancelados de fato. Os voos que iriam sair hoje também já estavam cheios, não dava para realocar ninguém. Falaram para retornar lá na segunda-feira para ter mais informações. A gente não tem a menor ideia do que vai acontecer”, conta ele, que está na Cidade do Cabo.

Neste domingo, ele e a família devem entrar em contato com a Embaixada brasileira na África do Sul para obter respostas.

“O que nós gostaríamos é de uma definição do governo. Porque foi determinado o fechamento [das fronteiras aéreas brasileiras para pessoas vindas do continente africano], e a gente compreende que é uma medida de segurança, mas nada foi dito em relação a como que as pessoas que estão aqui na África, não só na África do Sul, mas os outros cinco países… Como que elas vão voltar para casa?”, questiona.
E emenda: “Como que a gente fica nessa situação? Vai ter algum voo de emergência para a gente conseguir ir para casa? Porque a vida vai continuar, a gente tem compromissos, e é a nossa casa, a gente precisa voltar… Até agora a gente não tem a menor ideia de como vai voltar”.

Daniel diz que soube da nova variante por meio de amigos e familiares que estão no Brasil. “Por aqui, sabemos apenas o que ouvimos no rádio, que surgiu uma nova variante, que está sendo estudada, mas que não tem nenhuma solução. E tudo está funcionando normalmente, bares, restaurantes, mercados, feiras, cafés… Não parece que o pessoal esteja preocupado com isso.”

O engenheiro diz que ninguém no grupo está com nenhum sintoma de Covid-19, lembra que fizeram testes para poder viajar, e que todos deram negativo. Neste sábado, fariam um novo exame, mas, com o cancelamento do voo, isso também foi suspenso.

Com o fim das férias programado para este domingo, ele teria de voltar também para o trabalho, e, por isso, está tentando negociar com o chefe. “Essa incerteza está deixando a gente muito preocupado. Temos trabalho, minha namorada, que está em São Paulo, os amigos, a família… E não sei até quando vou ter que ficar aqui. Estou conversando com todo mundo de lá para ter compreensão e paciência neste momento.”

A essa falta de previsão sobre o retorno se somam os gastos que surgiram com a necessidade de estender a viagem por tempo indeterminado, já que os custos com hospedagem e alimentação estão sendo bancados pela própria família. “Estamos pagando tudo, não sabemos se haverá algum reembolso.”

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