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Tatuzão fica alagado e preso em túnel após acidente em obra da Linha 6- Laranja do Metrô de SP; peças serão substituídas

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“Obviamente esse tatuzão vai ter que ser todo reformado, já está sendo comprado todo o equipamento, para que a gente possa rapidamente fazer a recomposição do tatuzão para que ele volte a operar.”, afirmou Paulo Galli, secretário dos Transportes Metropolitanos.
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O tatuzão ficou inundado com a água do esgoto da rede coletora que rompeu e está preso no túnel do Metrô. O equipamento só poderá ser reparado após a drenagem da água do local. Ainda não há previsão para que isso ocorra.

Na manhã quarta-feira (2), caminhões jogavam rochas no poço de ventilação para concretagem do local. O objetivo é dar sustentação para impedir novas erosões do asfalto da marginal e conseguir reparar a tubulação de esgoto após a drenagem da água.

A concessionária concluiria a escavação do túnel e a previsão era terminar nesta quarta-feira, com o “encontro dos túneis da linha”, um que vinha no sentido Centro, outro no sentido bairro.

Os funcionários notaram que havia algo errado quando uma quantidade de água acima do normal começou a verter do solo. Os cerca de 50 operários que trabalhavam ali evacuaram o túnel do Metrô. Ninguém ficou ferido, no entanto, quatro funcionários que tiveram contato com o esgoto foram levados ao hospital por precaução.

A Acciona, concessionária responsável pelas obras, afirma que sabia da presença da tubulação de esgoto da Sabesp e que o tatuzão não atingiu a estrutura da rede de esgoto, apenas passou perto. Uma das hipóteses é a de que a vibração provocada pela máquina tenha danificado essa estrutura da Sabesp, mesmo se tratando de uma estrutura nova da companhia de água e esgoto do estado.

Oficialmente, a Acciona e a Linha Uni dizem apenas que “ocorreu um rompimento de uma coletora de esgoto próximo ao VSE Aquinos (Poço de Ventilação e Saída de Emergência)”.

Maria Leopoldina
A roda de corte ou tuneladora começou a funcionar no dia 16 de dezembro e foi batizada de “Maria Leopoldina”, em homenagem a imperatriz brasileira que teve papel fundamental na independência do país.

A tuneladora pesa 2 mil toneladas e tem 109 metros de extensão, com diâmetro de escavação de 10,61 metros. Ela pode perfurar aproximadamente 12 metros por dia. São necessárias 45 pessoas para operar a máquina.

O tatuzão possui refeitório, cabine de enfermagem e esteira rolante para a retirada do material escavado, além de cabine de comando e equipamentos auxiliares.

O roda de corte começou a percorrer a Ventilação e Saída de Emergência(VSE) Tietê e percorreria o trecho até a Avenida Senador Felício dos Santos, logo após a estação São Joaquim, no bairro da Liberdade, no Centro da capital paulista. O tatuzão teria que percorrer dez quilômetros, abrangendo dez estações, com escavações em solo.

A Linha 6-Laranja promete ligar o Centro à Brasilândia, na Zona Norte de São Paulo. Com 15 km de extensão e 15 estações, a linha irá reduzir a 23 minutos um trajeto que hoje é feito de ônibus em cerca de uma hora e meia. Quando estiver concluída, cerca de 630 mil passageiros devem usar a linha diariamente.

Estão previstas conexões com as linhas 4-Amarela, do Metrô, e com a 7-Rubi e a 8-Diamante, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Desmoronamento
O acidente ocorreu na pista local da Marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna, depois da Ponte do Piqueri, na Zona Norte de São Paulo, na manhã de terça-feira (1º).

Uma cratera se abriu na Marginal Tietê após o asfalto ter cedido ao lado da obra do Metrô da Linha 6-Laranja, na Marginal Tietê, na Freguesia do Ó, na Zona Norte de São Paulo. O desmoronamento ocorreu ao lado de um poço cavado construído entre as futuras estações Santa Marina e Freguesia do Ó. Ao longo da manhã, o buraco aumentou de tamanho.

De acordo com Galli, o vazamento de uma galeria de esgoto causou o acidente. Segundo Galli, provavelmente o solo não suportou o peso da galeria, que passava 3 metros acima da máquina conhecida como “tatuzão” e acabou se rompendo.

Ainda de acordo com o Galli, o “tatuzão” não atingiu a tubulação. Ainda não se sabe o que causou o vazamento. O governo investiga as causas.

Inicialmente, o Corpo de Bombeiros informou que um “tatuzão” havia rompido uma adutora, que alagou a galeria. No entanto, o secretário afirma que o equipamento passava três metros abaixo da galeria e não houve choque com a adutora.

Fonte: G1.

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