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Helicóptero que caiu na Grande BH já tinha se acidentado durante voo de instrução em 2016

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O helicóptero que caiu em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, nesta segunda-feira (11), já havia se acidentado na mesma cidade em 2016, também com uma instrutora e um aluno dentro.

As informações estão disponíveis no site do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Esses são os dois únicos acidentes que constam para o mesmo helicóptero.

Conforme o órgão, a ocorrência aeronáutica envolvendo a aeronave PR-EFC foi registrada como “perda de controle em voo”.

O caso foi registrado no dia 16 de setembro de 2016.

“A aeronave decolou do heliponto da Efai (SNHN) com destino ao mesmo local para voo de instrução, com dois tripulantes a bordo. Logo após a decolagem, a aeronave colidiu contra alguns galhos de vegetação e, após, colidiu contra o solo. A aeronave teve danos substanciais. Os tripulantes sofreram ferimentos leves”, informa o histórico daquela ocorrência.
A Efai – Escola de Aviação Civil confirmou o acidente e alegou que o relatório já foi finalizado pelo Cenipa. A instrutora encontrava-se qualificada para realizar o tipo de voo.

Veja um trecho do documento em que consta a versão dos tripulantes :

“De acordo com o relato dos tripulantes, durante a decolagem a aeronave não atingiu altura suficiente para ultrapassar a rede de alta tensão. Ao perceber que a aeronave não conseguiria ultrapassar o obstáculo, a instrutora assumiu os comandos do helicóptero e aplicou o comando coletivo com o objetivo de ganhar altura. A manobra realizada mostrou-se efetiva, uma vez que a aeronave conseguiu superar o obstáculo, porém a controlabilidade da aeronave foi perdida logo a seguir. Conforme as informações coletadas com os envolvidos na ocorrência, houve queda de rotação do rotor principal da aeronave e ocorrência de guinada para a esquerda (giro do nariz da aeronave à esquerda e cauda à direita), além de alarme sonoro de baixa RPM e perda de altura. Do ponto de vista aerodinâmico, a guinada para a esquerda pode estar relacionada à ausência de tração suficiente no rotor de cauda para compensar o aumento de torque causado pela aplicação do comando coletivo. Ao considerar que a instrutora havia realizado quatro voos para adaptação para instrução no equipamento, no qual o aluno também possuía pouca experiência, é possível que os conhecimentos e habilidades adquiridos por ambos não tenham sido suficientes para gerenciar a situação de forma eficiente”.

Veja quais foram as recomendações emitidas no ato da publicação do relatório:

“À Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), recomenda-se:

A-120/CENIPA/2016 – 01 Emitida em: 10/05/2018

Atuar junto ao administrador do aeródromo, a EFAI – Escola de Aviação Civil Ltda., a fim de que aquela organização reavalie as condições de segurança relativas às operações noturnas realizadas a partir do heliponto SNHN, tendo em vista a existência de obstáculos nas proximidades e de um único eixo de decolagem e aproximação.

A-120/CENIPA/2016 – 02 Emitida em: 10/05/2018

Atuar junto à EFAI – Escola de Aviação Civil Ltda., a fim de reavaliar a adequabilidade do Manual de Gerenciamento de Segurança Operacional (MGSO) daquele operador, sobretudo no que diz respeito aos processos de gerenciamento do risco adotados em razão da presença de obstáculos nas proximidades do heliponto, localizado na sede da empresa, SNHN”.

Acidente nesta segunda-feira
O acidente desta segunda ocorreu no bairro Chácara Boa Vista, ao lado da escola. Duas pessoas estavam no helicóptero e foram socorridas conscientes.

A Efai informou que o acidente ocorreu durante um voo de treinamento. Estavam a bordo o instrutor de voo da empresa, o comandante Roberto Carlos Belmiro, e o aluno do curso de piloto privado de helicóptero, comandante Alexandre Mitkiewicz.

Fonte: G1.

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