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Mundo do surfe homenageia brasileiro Márcio Freire, morto nas ondas de Nazaré

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

O mundo do surfe homenageou, nesta sexta-feira, o lendário brasileiro Márcio Freire. O surfista morreu praticando o esporte nas populares ondas gigantes da Nazaré, no centro de Portugal.

Freire foi um dos surfistas brasileiros pioneiros que apareceram no documentário “Mad Dogs”, em 2016, sobre a tentativa de conquistar a onda gigante “Jaws”, no arquipélago americano do Havaí. Residiu por cerca de 20 anos nessa ilha considerada a meca do surfe internacional.

“Um homem de 47 anos, de nacionalidade brasileira, morreu esta tarde, após sofrer uma queda ao praticar surfe rebocado na Praia do Norte”, informou a Autoridade Marítima Nacional.

A técnica do surfe rebocado, ou “tow-in”, consiste em aproximar o surfista de ondas particularmente grandes por meio de um veículo motorizado — um jet-ski, ou helicóptero —, que se afasta após deixar o surfista na onda. Sem esse recurso, seria impossível chegar da forma habitual, remando com os braços.

“Os socorristas constataram que a vítima sofreu parada cardiorrespiratória e começaram imediatamente as manobras de reanimação na areia. Após várias tentativas, não foi possível reverter a situação”, acrescentou o comunicado.

Segundo fontes locais consultadas pela AFP, as condições do mar na quinta-feira não eram particularmente perigosas.

No Instagram, o também surfista brasileiro Thiago Jacaré prestou uma homenagem ao amigo, descrevendo-o como “mais que um ídolo” e um “verdadeiro herói”.

“Perdemos um dos nossos”, escreveu o português Nic von Rupp na mesma rede social. “Hoje eu o vi surfando todo o dia em Nazaré com um sorriso enorme. Esse sorriso enorme é como me vou lembrar dele”.

A cada inverno, a Praia do Norte é invadida por surfistas. O local oferece condições excepcionais para surfar ondas gigantes. Lá, há um fenômeno geológico chamado “canyon de Nazaré”: uma falha submarina de 170 km de extensão por 5 km de profundidade, na qual a ondulação do oceano Atlântico se precipita antes de ser empurrada para a superfície até chegar à costa.

Foi ali que o alemão Sebastian Steudtner bateu o recorde da maior onda já surfada, ao descer um paredão de 26,2 metros em 29 de outubro de 2020.

Vários acidentes foram registrados no local, desde que o americano Garett McNamara revelou-o para a comunidade de surfistas de ondas gigantes, no começo dos anos 2010, mas nenhum tinha sido fatal até ontem.

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