Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) temem que o ex-presidente sofra um “choque de realidade” na volta ao Brasil, programada para a manhã desta quinta-feira (30).
Bolsonaro deixou o país em 30 de dezembro de 2022, um dia antes do fim de seu mandato, o que significa que não esteve em território nacional fora da condição de presidente desde então. Ele chegará em um país comandado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que foi seu maior opositor durante a campanha presidencial.
Nos bastidores, há uma percepção dos aliados de Bolsonaro que ele ainda está abatido, o que foi visto em transmissões ao vivo que realizou durante seu período na Flórida, nos Estados Unidos.
De acordo com apuração da CNN, há uma estratégia para reorganizar a vida política do ex-presidente, prevendo que ele faça muitas viagens, esteja em contato constante com as autoridades de direita (governadores, prefeitos) e com seu grupo no Congresso.
Em um primeiro momento, apesar de o partido querer recebê-lo com pompa, parceiros de Bolsonaro veem a necessidade de calma, de assentar as ideias e entender o cenário antes de cobrar atuação pública.
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Existe a expectativa no Partido Liberal de que Bolsonaro seja o grande adversário do presidente Lula, de que ainda seja o protagonista da direita e enfrente a esquerda nas eleições presidenciais de 2026.
Apesar de o nome de Michelle Bolsonaro ter aparecido como palpite para 2026, segundo aliados, o ex-presidente ainda é o único nome previsto para a corrida eleitoral. Ou seja, que não há segunda opção.
(Com informações de Tainá Falcão, publicado por Luana Franzão, da CNN)
Este conteúdo foi originalmente publicado em Aliados temem “choque de realidade” na volta de Bolsonaro ao Brasil no site CNN Brasil.