O deputado federal cassado Deltan Dallagnol (Podemos-PR) irá depor por videochamada, às 15h desta sexta-feira (2), à Polícia Federal (PF). Na ocasião, ele prestará esclarecimentos sobre declarações contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que deu ao jornal Folha de S. Paulo uma semana após ser cassado pela Corte.
Entre as falas, Deltan disse que o ministro Benedito Gonçalves, o relator, foi favorável à cassação, pois queria “fortalecer a sua candidatura ao Supremo”. Além disso, afirmou que os ministros combinaram a decisão de forma prévia.
A intimação para depor aconteceu no começo da semana. À época, ele informou não saber do que se tratava. “Acabei de receber intimação sem que seja dito o número dos autos, se sou ouvido como testemunha ou investigado. Apenas dizendo que é ordem de um tribunal superior”, disse na terça (30) e completou: “Depois de uma perseguição política, agora há uma perseguição policial. Que crime cometi? Só coloquei corruptos na cadeia.”
Posteriormente, por meio de sua assessoria, relatou que ele iria comparecer ao depoimento “demonstrando seu compromisso com a transparência, a Justiça e o Estado de Direito”.
Cassação
Deltan Dallagnol foi cassado na noite de 16 de maio por unanimidade pelo TSE. A cassação decorreu de uma representação da Federação Brasil da Esperança (PT, PC do B e PV) e do PMN.
As legendas alegaram que ele não poderia ter deixado a carreira de procurador da República para entrar na política, porque respondia a sindicâncias, reclamações disciplinares e pedidos de providências junto ao Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) – órgão que fiscaliza os deveres funcionais dos integrantes do Ministério Público.
Por Francisco Costa, do Mais Goiás
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