Grupos entraram em conflito em manifestação com o objetivo de apoiar a Palestina nesta terça-feira (10/10) e questionar suposta desproporcionalidade da resposta militar de Israel na Faixa de Gaza aos ataques do Hamas. O ato convocado por movimentos sociais em frente ao Museu da República, no Eixo Monumental pretendia mostrar solidariedade ao povo palestino.
O protesto, no entanto, foi invadido por militantes da direita, que provocaram os manifestantes em prol da Palestina. Em um dos vídeos, é possível ver quando um homem chama os manifestantes de terroristas. Na mesma cena, o político Thiago de Ávila, filiado ao PSOL, pede para os protestantes de movimentos sociais não aceitarem a provocação. “Deixa ele, ele só quer lacrar”, alega.
Em gritos, os representantes de movimento social cantam: “viva a luta do povo palestino. Estado de Israel, Estado assassino”. Para evitar confrontos, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) fez um cerco dividindo os grupos.
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A guerra entre Israel e Palestina tem sido um conflito explorado por representantes da esquerda e da direita no cenário político brasileiro, apesar de não interferir diretamente no Brasil. O Metrópoles conversou com especialistas que avaliaram o uso da temática como uma forma de “prestar contas ao eleitorado”. Leia a reportagem neste link.
Ataques
O ataque do grupo extremista islâmico Hamas contra Israel, no último sábado (7/10), representa a maior ofensiva contra o território israelense em anos e estreia um novo capítulo do conflito que se arrasta há décadas. Em resposta, o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, decidiu declarar guerra, o que fez subir a temperatura de visões políticas divergentes também em território brasileiro.
Sob presidência temporária do Brasil, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) convocou uma reunião de emergência sobre o conflito, condenou a ofensiva do Hamas contra civis israelenses, mas não tomou decisões tangíveis. Oposição e governistas manifestaram, nas redes sociais, suas respectivas opiniões sobre o tema, que também impacta a comunidade israelense no Brasil.
Brasil tem “chance de ouro” em conselho da ONU
O Brasil assumiu a Presidência do Conselho de Segurança da ONU com intenção de tratar temas ambientais, mas terá uma “chance de ouro” para se solidificar como membro permanente, se souber conduzir bem o conflito entre Israel e Palestina.
Sem obter consenso no colegiado, o Brasil pautou uma reunião, mas não avançou no tema. Para o cientista político André Pereira César, ainda assim, apenas o fato de reunir os países já representa uma vitória brasileira.