O Procon do Distrito Federal dará 48h para que a empresa Marechal apresente justificativas para a falta de ônibus registrada nesta quinta-feira (14/12). Segundo o Sindicato dos Rodoviários, a própria empresa recolheu os coletivos para as garagens e os passageiros ficaram sem conseguir embarcar.
De acordo com os rodoviários, a empresa começou a recolher os ônibus na segunda-feira (11/12), mas não apresentou justificativa para a decisão.
Procurado, o Procon afirmou que a empresa será notificada para prestar esclarecimentos sobre as razões pela qual deixou de prestar o serviço de transporte nos dias 12 e 13 de dezembro de 2023.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) informou que prestará as informações que foram solicitadas pelos parlamentares da Câmara Legislativa do DF (CLDF) sobre o caso.
A pasta acrescentou que monitora a operação da Viação Marechal e que, nos locais onde houver falha na operação, “a Semob providencia atendimento aos usuários por meio de veículos de outras operadoras.”
“A Semob reafirma que está atuando junto à Viação Marechal para que a empresa regularize a prestação de serviço de transporte coletivo, na área 4 do STPC/DF, que envolve as regiões do Guará, Park Way, Arniqueira, Águas Claras, Taguatinga (ao sul da Hélio Prates), Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol”, completa a nota.
Falta de ônibus da Marechal
A Marechal é contratada pelo GDF para operar no sistema de transporte coletivo do DF, oferecendo linhas em diversas regiões administrativas, como Ceilândia, Taguatinga, Samambaia, Guará, Santa Maria e Gama.
Pelas contas do sindicato, 2.400 motoristas e cobradores trabalham para a Marechal, na condução de aproximadamente 460 ônibus. Desde segunda-feira, os passageiros que contam com a Viação enfrentam dificuldades para encontrar ônibus.
Diante do ocorrido, o presidente da Câmara Legislativa (CLDF), deputado Wellington Luiz (MDB), e o presidente da Comissão de Transporte, Max Maciel (PSol), enviaram ofícios para diversos órgãos de controle cobrando investigação do caso.
Além da apuração do episódio, as punições cabíveis no que tange a lesão ao direito dos consumidores, bem como a aplicação multas diárias para todo o período de ausência da prestação de serviço de transporte.
Os ofícios foram enviados ao Ministério Público (MPDFT), o Instituto de Defesa do Consumidor (Procon) e Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob). O Metrópoles entrou em contato com a Marechal. No entanto, a empresa afirmou que não iria se manifestar.