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Agentes da DOE vão ajudar no combate a facções no Rio Grande do Sul

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Ao menos 15 policiais civis da capital do país vão embarcar para o Rio Grande do Sul, nesta terça-feira (21/5). O objetivo é ajudar no combate a facções criminosas e a identificar vítimas das enchentes que atingiram o estado. A medida emergencial de solidariedade e cooperação interestadual foi autorizada pela Delegacia-Geral da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).

A equipe é composta por agentes de polícia com expertise em operações especiais e gerenciamento de crises. A PCDF vai enviar, ainda, uma grupo de papiloscopistas, peritos criminais e médicos legistas.

Os policiais do DF deverão permanecer à disposição da Polícia Civil do Rio Grande do Sul (PCRS) desta terça-feira (21/5) a 30 de maio. Durante esse período, as equipes da capital federal vão contribuir para as operações de segurança pública e de atendimento às comunidades mais afetadas pelas enchentes.

“Essa ação reafirma o compromisso da Polícia Civil do Distrito Federal com a cooperação federativa e a solidariedade em momentos de crise, demonstrando a prontidão e dedicação dos servidores [da corporação] para apoiar outras unidades da Federação em situações emergenciais”, informou a PCDF, por meio de nota.

A ação da PCDF também recebeu reforço de praticantes de triatlo e de mergulho. Os atletas doaram 23 roupas de neoprene para uso dos policiais, e a empresa DiveCom doou três conjuntos 3mm/duplo nylon, compostos por jardineira e jaqueta. Uma embarcação da corporação também será usada nos trabalhos.

Facções criminosas

A polícia do Rio Grande do Sul registrou diversos furtos e assaltos a mão armada em bairros da capital atingidos pelas chuvas e enchentes. Segundo relatos, os assaltantes estão usando motos aquáticas e se aproveitam da escuridão da cidade, que teve o fornecimento de energia elétrica suspenso.

Nas redes sociais, diversos relatos narram saques, assaltos violentos e até mesmo ações contra voluntários que auxiliam nos trabalhos humanitários. Ao Metrópoles, um morador de Porto Alegre, que preferiu não se identificar, detalhou a situação da capital: “O centro de Porto Alegre tá todo saqueado. Farmácia, supermercado, loja, mercado público, tudo”, conta.

Em Canoas, por exemplo, moradores expõem que criminosos se passam por necessitados para assaltarem os voluntários que se dispõem a ajudar. Já em Novo Hamburgo, a população precisou se armar para se defender dos bandidos. Muitos não querem abandonar suas casas por medo das ações dos criminosos.

Além de saquear casas e comércios, deixados para trás pelos proprietários que buscam locais seguros, os criminosos têm como alvo barcos, jet skis e outros equipamentos que auxiliam nos resgates de pessoas em áreas de risco.

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