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Mulher que bateu em gari no metrô “toca terror” em condomínio no Guará

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

A mulher filmada dando um tapa em um gari dentro de um vagão do metrô do Distrito Federal já foi denunciada por outras agressões, incluindo ameaça, injúria e perturbação. Uma vizinha dela alegou sofrer perseguição por parte da mulher há mais de quatro anos.

Segundo a vítima, Valdiceia Tavares dos Santos, os problemas com a mulher agressora, identificada como Rosângela Cezario de Araújo, 63 anos, começaram logo que ela se mudou para o mesmo prédio, no Guará 1, em 2020.

“No começo, ela sempre me cumprimentava, e eu sempre fui afetuosa com ela. Mas, depois de alguns meses, ela parou de falar comigo. No começo, achei que era por conta da pandemia, até que ela começou a me xingar e a ofender minhas filhas”, disse.

“Há quatro anos ela passa as noites e madrugadas fazendo barulhos no apartamento dela, que é em cima do meu, para nos perturbar”, conta a vítima.

Com medo da situação, a mulher buscou registrar uma ocorrência no livro do condomínio, quando foi surpreendida por outros diversos relatos de outros vizinhos que passavam pelos mesmos problemas que ela na convivência com Rosângela.

De acordo com ela, os problemas com a mulher já perduram por anos. “Temos relatos de moradores reclamando dos mesmos problemas desde 2013. Ela passa a madrugada gritando, batendo panelas, xingando e arrastando móveis, todo tipo de barulho para perturbar os vizinhos”, diz.

Nos casos mais graves, alguns dos moradores se sentiram ameaçados ao ponto de se mudarem do prédio. “No livro, há denúncias de pessoas que foram perseguidas e até mesmo ameaçadas de morte por Rosângela. No meu caso, eu e as minhas filhas somos constantemente xingadas dos piores nomes. Ela já ameaçou, inclusive, de cortar o meu pescoço”, revela a vítima.

Segundo a mulher, os problemas com a vizinha se estendem para além do condomínio. “Se estamos na rua e somos percebidas por ela, somos xingadas. Minha filha já passou por uma situação dessas dentro de um ônibus. Começou a ser xingada por Rosângela por conta da orientação sexual dela”, conta.

Veja: 

No entanto, apesar dos relatos, a vítima alega que os outros vizinhos têm medo de Rosângela. Por conta disso, eles não denunciam os episódios à polícia.

“Cada vez que fazem registro no livro de ocorrência do condomínio, ela piora o comportamento. Inclusive, até atrás de crianças ela já correu. Outra vizinha também foi agredida. Já cheguei a pedir medidas cautelares na Justiça também, porque temo pela minha segurança e das minhas filhas”, comenta. A vizinha acrescenta que registrou, com as filhas, 15 boletins de ocorrência desde então.

A vizinha de Rosângela também comenta sobre uma possível situação de abandono da mulher, já que ela mora sozinha no apartamento e nunca é vista na companhia de familiares ou amigos.

Desde então, a vizinha e as filhas dela já registraram 15 boletins de ocorrência contra Rosângela, além de um processo judicial por calúnia, difamação e injúria.

Agressões no metrô

Um vídeo obtido pelo Metrópoles mostra a mulher em pé e o gari sentado, ao lado de uma colega de trabalho. Eles discutem e, em seguida, ela dá um chute e um soco no rosto no funcionário.

O caso aconteceu na tarde de quinta-feira (29/8). A confusão se deu em um trem que seguia sentido Ceilândia. A agressora adentrou o vagão na estação Guará e desceu em Arniqueiras.

Assista:

 

O bate-boca continua. Os garis se levantam, e a colega do jovem agredido fica entre os dois passageiros para evitar novos ataques da mulher.

Enquanto a discussão segue, passageiros sacam os celulares para gravar a cena. Cerca de dois minutos depois, a agressora desce do vagão.

Vítima acredita em preconceito

Ao Metrópoles o gari alega que a mulher começou a confusão ao brigar por espaço em um assento. “Estávamos sentados, e essa senhora entrou dizendo: ‘Saiam do banco para eu sentar’. Minha amiga levantou, mas ela se recusou a sentar do nosso lado. Mesmo assim, pegamos nossas coisas e sentamos no chão”, explica o homem, que solicita não ser identificado.

“Quando eu levantei, ela começou a falar que eu chamei ela de ‘vagabunda’. Só que todos no vagão viram que em momento algum eu fiz isso. Mesmo assim, ela me deu um chute e um tapa na cara.”

Para o trabalhador, houve preconceito por parte da mulher. “Deu para perceber que é preconceito por parte dela, porque nós dois [o gari e a amiga] somos varredores de rua. Tanto é que ela não quis se sentar ao meu lado quando minha amiga levantou e deixou o assento livre”, aponta. “Não é porque a gente é gari que a gente é sujo.”

21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) investiga o caso.

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