Após longos anos de investigação, a Polícia Federal finalmente indiciou os senadores Renan Calheiros (MDB-AL), Eduardo Braga (MDB-AM) e o ex-senador Romero Jucá (MDB-RR) por suspeita de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A informação foi divulgada pelo Uol. O trio é acusado de ter favorecido a Hypermarcas, atual Hypera Pharma, no Congresso, em troca de propinas.
O bombástico relatório final da investigação, que tramitou por seis anos, foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) em agosto, inexplicavelmente sob sigilo, e agora está nas mãos da Procuradoria-Geral da República (PGR), após ser encaminhado pelo relator do processo, ministro Edson Fachin. A PGR deverá decidir se apresentará ou não uma denúncia formal contra os parlamentares denunciados.
De acordo com a PF, a Hypermarcas pagou 20 milhões de reais em propinas aos senadores através do empresário Milton Lyra, apontado como lobista do MDB. Em troca, Renan, Eduardo Braga e Jucá teriam atuado em favor da empresa farmacêutica em um projeto de lei sobre incentivos fiscais no Senado, entre 2014 e 2015.
Além disso, a PF revelou que Renan Calheiros chegou a indicar um nome para a diretoria da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) com o objetivo de atender aos interesses da Hypermarcas.
*Com informações do Hora Brasília
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