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MP faz ação contra cúpula, servidores e familiares do Comando Vermelho

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) deflagrou, na manhã desta quinta-feira (26/9), a quarta fase da operação Mecanismo, que tem como alvo as principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho em Minas Gerais.

São cumpridos sete mandados de prisão preventiva, inclusive do líder do grupo no estado, e 12 de busca e apreensão nas cidades de Muriaé, Juiz de Fora, Cataguases e no Rio de Janeiro (RJ).

Segundo o MPMG, foi apurada a existência de pelo menos quatro núcleos da facção em Minas Gerais, que agiam, inclusive, no interior de estabelecimentos penais de Minas e do Rio de Janeiro:

Núcleo de liderança: composto pelos líderes da organização, responsáveis pela tomada de decisões estratégicas das atividades ilícitas, pela cooptação de funcionários públicos e pela coordenação direta ou por interposta pessoa dos demais integrantes do grupo criminoso no estado de Minas Gerais;
Núcleo gerencial: constituído por familiares e pessoas de confiança dos líderes do grupo, que têm a função de coordenar setores específicos da organização, como a logística financeira e a gestão dos recursos humanos e materiais necessários à execução de ordens emanadas de dentro das prisões;
Núcleo corrupção: formado por agentes públicos, os quais são responsáveis por dar suporte às atividades criminosas do grupo, incluindo o fornecimento de recursos para viabilizar a entrada de ilícitos na Penitenciária de Muriaé, mediante o recebimento de propinas e vantagens indevidas;
Núcleo operacional e “disciplina”: constituído por faccionados responsáveis por executar diretamente as atividades criminosas, como a distribuição de drogas, a execução de atos de violência e intimidação, além de outras ações necessárias para a manutenção das operações ilícitas da facção, sendo peça fundamental para a expansão e a manutenção da organização criminosa na Zona da Mata mineira, inclusive com o recrutamento de novos membros.

Sete pessoas foram denunciadas por organização criminosa armada; corrupção ativa; e ingresso, promoção ou facilitação de ingresso de aparelhos celulares em estabelecimento prisional.

A ação foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Visconde do Rio Branco, com o apoio do Gaeco de Juiz de Fora, do Gaeco do Rio de Janeiro, Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do MPRJ, Promotoria de Justiça de Execuções Penais de Muriaé e Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

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