Amigos e familiares de Darlan Guimarães Viana Costa, de 55 anos, reuniram-se na tarde deste domingo (29/9) para dar o último adeus ao empresário. Sob clima de tristeza e comoção, eles acompanharam o velório e o sepultamento da vítima, no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul .
Darlan era dono da rede de padarias Pão Dourado e morreu vítima de um disparo de espingarda calibre 12 na perna esquerda, durante uma pescaria, nessa sexta-feira (27/9). As circunstâncias do caso serão investigadas, mas, a princípio, a suspeita é de um tiro acidental.
Em respeito e homenagem à memória de Darlan, todas as padarias do grupo no Distrito Federal fecharam as portas mais cedo, às 14h, deste domingo (29/09) – normalmente, os estabelecimentos fecham entre 22h e 23h, dependendo da unidade.
Segundo comunicado oficial, o objetivo do fechamento, além da homenagem, foi permitir que os colaboradores do grupo pudessem participar do velórios e do sepultamento do empresário.
Darlan deixa uma esposa e dois filhos.
A morte
Segundo a Polícia Militar, Darlan Guimarães levou o tiro na Fazenda Brusque, no município de Santa Cruz do Xingu (MT), por volta das 17h30, de sexta-feira (27/9). A propriedade rural pertence ao empresário. O empreendedor estava sozinho.
Após ouvir o disparo, o caseiro decidiu investigar e encontrou o empresário caído com um ferimento na perna esquerda, ao lado de uma espingarda calibre 12. Darlan havia perdido muito sangue, mas a testemunha conseguiu estancar o sangramento e pedir socorro para o piloto e ao copiloto do empreendedor.
Com vida, Darlan foi levado para Palmas (TO). Logo após aterrissar no Aeroporto Brigadeiro Lysias Rodrigues, por volta das 19h, Darlan foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Socorristas tentaram reanimar a vítima, mas, apesar dos esforços, o óbito foi constatado no hangar.
A espingarda calibre 12 causa graves ferimentos. As vítimas geralmente sofrem hemorragias intensas. Entre o disparo e a chegada a Palmas, foram aproximadamente mais de duas horas e meia até o socorro. A perícia, o Instituto Médico-Legal (IML) e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) foram acionados.
O corpo de Darlan Guimarães Viana Costa, de 55 anos, foi liberado do Instituto Médico Legal, no início da tarde de sábado (28/9). Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins, o exame de necropsia foi finalizado e, por isso, o corpo foi cedido a família do empresário.
Querido e trabalhador
A morte comoveu a população do Guará. A rede de panificadoras nasceu na região administrativa, e o empresário era um personagem muito querido na comunidade.
Segundo amigos e conhecidos ouvidos pela reportagem, Darlan tinha um perfil jovial, cativante, colaborativo e trabalhador. O empresário dava os primeiros passos para a aposentadoria, mas continuava ajudando os filhos na administração da rede de padarias.
Querido entre a família e os funcionários, Darlan também ficou conhecido pelas ações comunitárias. Exemplo disso era a carreata de veículos da padaria no Natal.
O empresário amava viajar e pescar, inclusive praticava a pesca submarina, caracterizada pelo mergulho sem equipamentos de respiração. Aventureiro, ele estava tirando brevê para pilotar aviões.
Nota da Pão Dourado
A rede de padarias Pão Dourado divulgou nota em que lamenta a morte de Darlan Guimarães, empresário responsável pelo sucesso das panificadoras. Segundo a empresa, a partida inesperada deixou todos “profundamente consternados”.
De acordo com o comunicado, Darlan foi “a mente responsável pelo sucesso e expansão da rede”. “Além do espírito empreendedor, o empresário era reconhecido pela visão estratégica.”
A história da Pão Dourado começou com o pai de Darlan, seu Tito, no Guará. O empresário assumiu o empreendimento, que hoje conta com dezenas de unidades pelo Distrito Federal.
“Darlan sempre será lembrado pelo legado que ajudou a construir e pelo impacto positivo que deixou em Brasília e em todas as comunidades alcançadas pela Pão Dourado”, destacou a nota.