Discentes e docentes da quarta série do curso de medicina da Escola Superior de Ciência da Saúde (Escs) produziram um relato de experiência a partir de atividades realizadas em uma escola da Cidade Estrutural. Desenvolvida em ambientes de ensino, a iniciativa faz parte do projeto Escola Promotora de Saúde.
Durante a atividade, os estudantes atuaram em três estações, aplicando testes de triagem sensorial – como o Snellen (visual, para detectar astigmatismo e daltonismo), o audiométrico e o gustativo. O objetivo foi identificar condições de saúde que interfiram no desenvolvimento infantil.
Após o término da ação, os estudantes de medicina receberam um questionário com perguntas discursivas para identificar os acontecimentos marcantes, a aplicabilidade e as limitações do projeto. Após o documento preenchido, houve bate-papo para leitura conjunta dos questionários e avaliação das dinâmicas.
A docente da Escs Fernanda Canuto, orientadora do projeto de extensão, lembrou que o trabalho produzido foca a importância do eixo Interação, Ensino, Serviço e Comunidade no curso de medicina. “Esse eixo aproxima o estudante da comunidade, e, a partir dessa interação, o aluno consegue desenvolver habilidades necessárias para a competência da atividade médica e, ao mesmo tempo, proporciona ações voltadas para a sociedade”, explicou.
O trabalho, relatou ela, permitiu identificar crianças com patologias e comorbidades que merecem o encaminhamento para serviços especializados. “Os alunos desenvolvem competências com a sociedade, e as crianças também ganham com essa parceria, já que poderão ter patologias mapeadas e encaminhadas para serviços de referência”, resumiu.
Projeto
O projeto Escola Promotora de Saúde é uma estratégia de desenvolvimento de ações e de reflexões com o objetivo de elaborar atividades para toda a comunidade escolar e seu entorno.
No caso desse projeto, a escolha da unidade de ensino da Estrutural foi justificada por ser localizada em umas das regiões administrativas do DF com menor renda per capita e com população jovem, em idade escolar e sem plano de saúde.
O trabalho foi apresentado como uma experiência bem-sucedida na 62ª edição do Congresso Brasileiro de Educação Médica (Cobem), em Belo Horizonte (MG), na segunda semana deste mês.
*Com informações da Fepecs