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Nova Epig: Investimento de R$ 160 milhões no mais moderno corredor viário do DF

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Um investimento milionário, seis trechos de obras e um objetivo: transformar a Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) em um dos mais modernos corredores viários da capital do país. Com ciclovias, pistas em pavimento rígido, corredores exclusivos para ônibus e viadutos que eliminarão semáforos, o projeto de mobilidade urbana do Governo do Distrito Federal (GDF) para a via irá agilizar o deslocamento de 30 mil motoristas diários e reduzir, em até 25 minutos, o tempo gasto pelos usuários de transporte público dentro dos coletivos.

Com mais de R$ 160 milhões de investimento, GDF executa obras para transformar a Estrada Parque Indústrias Gráficas (Epig) em um dos mais modernos corredores viários da capital do país | Foto: Anderson Parreira/Agência Brasília

Para tirar o ambicioso projeto do papel, o GDF investe mais de R$ 160 milhões na execução das obras, assegurando a geração de mais de 1,2 mil empregos diretos e indiretos. Os serviços foram divididos em etapas para facilitar a execução e reduzir os impactos no tráfego (confira abaixo).

Artes: Fábio Nascimento/ Agência Brasília

O marco zero da nova Epig começa ainda no viaduto da Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia), e segue até a Octogonal. Revestido com o novo pavimento rígido, mais resistente e durável, o trecho conta com uma nova faixa, além das duas já existentes, destinada exclusivamente ao tráfego de veículos de transporte coletivo. Isso ajuda a evitar o afunilamento da via, garantindo mais fluidez ao trânsito.

Apesar de recentes, as mudanças promovidas pelo GDF nesta primeira etapa já transformaram a realidade de quem passa diariamente pelo local. “Eu moro aqui há mais de 10 anos e a obra está excelente. A gente precisava dessa obra, ainda está no começo, mas você vê o movimento melhorando; as pessoas estão mais felizes no dia a dia”, avalia o feirante e morador do Cruzeiro José Augusto Maciel, 64 anos.

O segundo trecho está localizado entre o Setor Policial Sul e a interseção entre a Epig/Sudoeste/Parque da Cidade. O projeto prevê para a região a construção de três viadutos, eliminando a necessidade de semáforos no cruzamento da Octogonal com a via e, consequentemente, as recorrentes interrupções provocadas pelas sinalizações verticais.

“Vejo de perto a mudança. Visualmente ficou melhor e, quando terminar, o trânsito vai fluir melhor, especialmente no sentido do Plano Piloto”

Hélio Pessoa, que trabalha em uma feira próximo à Octogonal

Além disso, haverá a implementação de uma rotatória no local para eliminar o retorno utilizado pelos motoristas do Sudoeste que desejem acessar as vias internas da Octogonal. Um corredor para o BRT, ciclovias, obras de drenagem, pavimentação, sinalização, paisagismo, calçadas e mobiliário urbano completam as intervenções promovidas no local.

Morador de Vicente Pires, Hélio Pessoa, 44, trabalha há 15 anos em uma feira nas proximidades de uma passarela erguida às margens da via, na altura da Octogonal. O comerciante é testemunha do impacto das novidades na realidade dos usuários da Epig.

“Vejo de perto a mudança. Visualmente ficou melhor e, quando terminar, o trânsito vai fluir melhor, especialmente no sentido do Plano Piloto, que fica muito engarrafado. Isso sem falar no asfalto, era muita reclamação de ondulações e direto os carros quebravam. Com o concreto, vai melhorar”, disse.

Outra etapa também finalizada compreende o trecho entre a Avenida das Jaqueiras, no Sudoeste, e o Parque da Cidade. No local, já está em funcionamento o conhecido viaduto Engenheiro Luiz Carlos Botelho Ferreira, entregue pelo governador Ibaneis Rocha há quase um ano e que agilizou a vida de 25 mil motoristas que transitam diariamente na área.

A poucos metros do trecho 3 das obras, está uma das etapas mais emblemáticas da nova Epig, onde uma nova entrada agilizará o acesso ao Parque da Cidade, na altura do Estacionamento 3. Por ali, também serão construídos dois viadutos em trincheiras e passagens subterrâneas para pedestres, facilitando o acesso à estação de ônibus no canteiro central da via.

No quinto trecho, na altura do Setor de Indústrias Gráficas, mais um viaduto irá mitigar o impacto do intenso movimento de veículos nos horários de pico. Como de costume, a região também terá um corredor exclusivo para ônibus e ciclovias. Obras de drenagem, pavimentação e paisagismo completam o pacote de intervenções.

Chegando ao final da obra, próximo ao Eixo Monumental, a sexta etapa prevê a readequação do sistema viário para duplicação da via às margens do Tribunal de Justiça e Territórios (TJDFT) e do Ministério Público (MPDFT). Estacionamentos públicos também serão disponibilizados ao longo da pista.

Corredor Eixo Oeste

Obras são investimento do GDF para melhorar a mobilidade urbana e beneficiar principalmente os usuários de transporte público | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Tão ambicioso quanto o projeto da nova Epig, o Corredor Eixo Oeste promete ligar o Sol Nascente ao Plano Piloto, passando pelas principais avenidas da capital federal, em tempo recorde. “As obras incluem a construção de uma série de viadutos e faixas exclusivas, além de paradas dedicadas ao transporte público – tudo para privilegiar quem faz o usuário diário de ônibus”, ressalta o secretário de Obras e Infraestrutura do DF, Valter Casimiro.

Com um investimento total de mais de R$ 640 bilhões, 38,7 quilômetros de faixas exclusivas e expressas para ônibus irão beneficiar diariamente milhares de usuários de transporte público.

“Será um corredor exclusivo de ônibus ligando o Sol Nascente, Ceilândia e Taguatinga até a região central, passando pela Hélio Prates, seguindo pela EPTG/SIG/ESPM e chegando aqui no Terminal Rodoviário da Asa Sul. Outra opção é seguir direto para o Eixo Monumental até a Rodoviária”, detalha o titular da pasta.

Um dos destinos do Corredor Eixo Oeste, o Terminal Asa Sul também será readequado com a colocação do novo pavimento. O escolhido para substituir o asfalto foi o concreto, nos mesmos moldes dos serviços executados na Estrutural e na faixa exclusiva da EPTG. O investimento é de mais de R$ 13,2 milhões. O material é recomendado para trechos com grande fluxo de veículos pesados, pois é mais resistente a eventuais deformações e ondulações.

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