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Restaurante Comunitário do Varjão é o quarto inaugurado por este GDF desde 2019

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Segurança alimentar e nutricional garantida aos mais de 10 mil moradores do Varjão e tantos outros de regiões próximas. Nesta sexta-feira (4), o Governo do Distrito Federal (GDF) inaugurou o mais novo Restaurante Comunitário da região administrativa, onde serão servidas 2,5 mil refeições diárias, incluindo café da manhã, almoço e jantar – tudo por apenas R$ 2. Foram investidos mais de R$ 7 milhões na construção da unidade, gerando 70 empregos.

Presente à entrega do equipamento público, o governador Ibaneis Rocha destacou que este é o 18º Restaurante Comunitário em funcionamento no DF e o quarto inaugurado desde 2019.

“É sempre especial esse momento de abertura. Idealizado e implantado pelo nosso ex-governador Joaquim Roriz, o projeto do restaurante comunitário é uma marca que coloca na vida das pessoas o que temos de mais importante na vida, que é a segurança alimentar”, disse Ibaneis Rocha.

Presente à entrega do equipamento público, o governador Ibaneis Rocha destacou que este é o 18º Restaurante Comunitário em funcionamento no DF e o quarto inaugurado desde 2019 | Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

O chefe do Executivo anunciou que todas as unidades do DF vão ofertar as três refeições diárias até 2026, e comunicou também que o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da cidade será reformado.

“Nós cuidamos de aproximadamente 600 mil pessoas com a assistência social no Distrito Federal. Pessoas carentes, pessoas que precisam. E um dos maiores símbolos disso é exatamente o Restaurante Comunitário”, acrescentou.

Além do Varjão, o GDF inaugurou restaurantes comunitários em Arniqueira, Sol Nascente/Pôr do Sol e Expansão Samambaia, totalizando R$ 36 milhões em investimentos para garantir refeições de qualidade a preços acessíveis à população.

Em seu discurso, a secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), Ana Paula Marra, apontou um dos motivos da abertura do restaurante no Varjão: “Aqui é a quinta região com maior índice de insegurança alimentar grave no Distrito Federa, então é preciso avaliar os dados, avaliar as pesquisas para tomar as decisões de gestão pública de forma mais eficaz. E a segurança alimentar e nutricional é justamente a garantia de três refeições ao dia. Com essas três principais refeições aqui no Restaurante Comunitário, nós vamos tirar as pessoas que hoje se encontram em situação de insegurança alimentar grave e acabar com a fome aqui no Varjão”.

No total, foram R$ 36 milhões em investimentos para garantir refeições de qualidade a preços acessíveis à população | Foto: Paulo H. Carvalho./ Agência Brasília

Localizado na Quadra 8 da cidade, o restaurante será o oitavo a oferecer três refeições diárias (café da manhã, almoço e jantar), em todos os dias da semana, incluindo domingos e feriados – condição que, gradualmente, todos os restaurantes comunitários do DF devem ter até 2026. A acessibilidade do local foi ampliada, com a inclusão, no projeto, de banheiros e mesas específicas para pessoas com deficiência (PCDs).

A Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) foi a responsável por construir o 18º Restaurante Comunitário do DF. De acordo com o presidente da empresa, Fernando Leite, essa é mais uma obra tocada pelo órgão em benefício às pessoas em situação de vulnerabilidade. “Esse foi um serviço realizado por nós de uma forma muito especial porque se trata de uma engenharia social. Realizamos pavimento, rede de drenagem e edificação, mas nada é mais importante do que as obras sociais, como escolas, restaurantes e hospitais”, defendeu Fernando Leite.

Os valores das refeições são os mesmos em todo o DF: R$ 0,50 no café da manhã, R$ 1 no almoço e R$ 0,50 no jantar. A operação do restaurante ficará a cargo da empresa O Universitário, cujo contrato para prestação dos serviços de alimentação e nutrição é de R$ 6 milhões. O investimento é destinado exclusivamente à gestão do espaço, não incluindo o empenho na obra.

Ana Claudia da Rocha afirma que ter uma refeição de qualidade para ela e a família a um preço que cabe no bolso fará diferença na rotina da família | Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília

Segurança alimentar

A expectativa é de que sejam servidas, mensalmente, 75 mil refeições, totalizando 900 mil no ano e garantindo uma importante rede de apoio alimentar à população local.

“O Varjão está entre as menores RAs do DF em termos populacionais e tinha uma carência alimentar, uma demanda por programas sociais desse tipo. O governo, ciente da necessidade da comunidade local, construiu esse equipamento aqui na cidade. Isso mostra um GDF preocupado em atender as demandas das pessoas, independentemente de quem elas sejam e de onde estejam”, ressaltou o administrador regional do Varjão, Daniel Crepaldi.

Morador de longa data do Varjão, o motoboy Averaldo Moreira, 51, comemorou a entrega do equipamento: “Sou morador daqui há 33 anos e ver esse restaurante sendo entregue é um sonho de toda a comunidade. Com certeza virei sempre que possível, afinal moro aqui do lado e já ouvi falar da qualidade da comida. Um almoço por R$ 1 não tem nem explicação; hoje em dia, você não consegue comprar nada por esse valor”.

Natural da Bahia, Ana Claudia da Rocha, 32, está no DF de passagem, enquanto aguarda a conclusão do tratamento do filho, 13, no Hospital da Criança de Brasília. Ela conta que  ter uma refeição de qualidade a um preço que cabe no bolso fará diferença na rotina da família.

“Esse restaurante vai ser uma bênção, especialmente para as mães carentes. No meu caso, vai me ajudar muito, porque muitas vezes saio de casa para ir ao hospital e, quando volto da correria, não tenho tempo de preparar uma comida. Sem falar que o preço é ótimo, pagar só um real no almoço é um sonho”, defendeu.

Quem também aprovou a iniciativa é o aposentado Dirceu Lopes, 80, seja pelo sabor, seja pela economia no bolso. “As pessoas dependem disso. Isso aqui vem na hora certa e para o lugar certo. Quem paga aluguel vai se dar muito bem, porque o dinheiro que pagam de comida vão economizar. É uma coisa boa que o governo fez para a gente aqui. Hoje pago de R$ 17 a R$ 25 reais a marmita. Quem vai deixar de pagar R$ 1 aqui para ir pagar R$ 17? Eu mesmo, não; eu venho para cá. Com a comida boa dessa, um tempero maravilhoso, muito bom”, narrou.

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