A relação entre o presidente do Santa Maria Futebol Clube, Erivaldo Alves Pereira e a deputada distrital Jaqueline Silva merece ser investigada
Dono do Santa Maria Futebol Clube, alvo de investigação, Erivaldo tem cargo na CLDF graças à Jaqueline Silva
Erivaldo é dono do clube de futebol em Santa Maria, e já esteve lotado na Administração Regional da cidade e atualmente está nomeado na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), no bloco do MDB-PP, com um CL 05, mas pode ser encontrado facilmente em Santa Maria, na sala de atendimento político da deputada Jaqueline Silva.
O Santa Maria virou manchete nacional na terça-feira (8), quando a esposa de Erivaldo prestou depoimento na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas no Senado. O empresário Willian Rogatto também prestou depoimento.
Atual presidente do clube do marido, Dayana Nunes Feitosa (foto acima) estava bastante nervosa e falou pouco e rápido. Ela afirmou que cedeu os direitos do clube a William Pereira Rogatto para que ele pudesse tocar a temporada do clube.
Em julho deste ano, Dayana estava lotada na Secretaria da Mulher com salário de R$ 6.496,00 e mesmo assim recebeu naquele mês, R$ 700,00 (os dados são do Portal da Transparência do Distrito Federal).
Em depoimento, Rogatto afirmou ser réu confesso e expôs parte de uma história que merece ser investigada também pelas autoridades do DF.
Apontado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) como chefe de esquema que usou o time do Santa Maria para manipular resultados no Candangão deste ano, William Pereira Rogatto confessou, nesta terça-feira (8/10), ter atuado em um esquema ilegal de apostas esportivas. A afirmação foi feita durante reunião da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no Senado.
Rogatto, que mora no exterior, também afirmou ser conhecido como “Rei do Rebaixamento” e disse que sua atuação já causou o descenso de 42 equipes do futebol brasileiro. O Santa Maria, rebaixado em 2024 na última posição da primeira fase do Candangão, foi uma delas. Ele disse já ter ganhado cerca de R$ 300 milhões com a manipulação de resultados.
— (Sou) Réu confesso, totalmente. Comecei a trazer jogadores de nome, mostrando para ela (Dayana Nunes, presidente do Santa Maria) que eu iria fazer um excelente campeonato. Daqui a pouco, eu falei que os jogadores meus de nome não tinham condições de ir, mas que ia dar tudo certo. E, infelizmente, eu vim a rebaixar o Santa Maria. Desculpa, mais uma vez, peço perdão para as pessoas — explicou.
Em março, o MPDFT deflagrou operação para cumprir mandados de busca e apreensão contra Rogatto e dois atletas do Santa Maria. Os alvos da operação foram o lateral-direito Nathan Henrique Gama da Silva e o zagueiro Alexandre Batista Damasceno. Segundo a investigação, os dois jogadores teriam agido deliberadamente para interferir no resultado de duas partidas do Santa Maria no Candangão.
O que faz o presidente de um clube de futebol suspeito de participação em esquema de resultados, lotado na CLDF tendo a deputada distrital Jaqueline Silva como madrinha?
A CLDF continua em silêncio sobre o assunto que ganhou repercussão nacional e que merece ser profundamente investigado no DF. Com a quebra de sigilos telemáticos, bancários e telefônicos, não será difícil descobrir o restante da história que envolve poder e dinheiro e principalmente quem teria se beneficiado com o esquema de rebaixamento de times no DF.
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