Entre parentes, amigos e colegas de profissão Jorny Thiago Abreu Adorno, 23 anos, dezenas de pessoas lotaram a Capela 2 do Cemitério de Taguatinga, na tarde desta terça-feira (15/10), para se despedir do jovem. Assassinado a tiros no último domingo (13/10), o agente de segurança privada foi velado sob forte comoção.
Desolada e aos gritos, a mãe de Jorny Thiago, Joseane Abreu, 41, pediu por justiça: “Eu não vim para Brasília para enterrar meu filho. Meu filho não é bandido”. A psicóloga se mudou de Ibotirama (BA) para a capital federal há nove anos, com Thiago e os outros dois filhos – atualmente com 17 e 8 anos.
“Injustiça, barbidade, impunidade, vazio, sentimento de impotência”. Assim que Joseane descreveu a sensação diante da partida precoce do filho. “Por causa de um bandido, ali [no túmulo] ficou uma parte de mim. Que o assassino dele pegue pena máxima”, desabafou a mãe.
Além disso, a psicóloga agradeceu à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) pela medalha de honra ao mérito concedida pela corporação a Jorny Thiago. “Eu criei meu filho com integridade e, hoje, vi que valeu a pena”, completou Joseane.
Veja imagens do velório:
Morador de Samambaia, Jorny Thiago trabalhava como segurança havia cerca de um ano e estudava concursos, com foco no certame da PMDF.
Amigo do jovem desde a época da escola, também em Samambaia, Isaías Wallace, 21, contou que admirava Jorny Thiago pelo empenho. “Ele sempre foi muito estudioso, dedicado, para se tornar policial”, comentou o estudante, que ainda frequentava a mesma igreja que o agente de segurança.
Veja imagens da vítima:
A agente de segurança privada Márcia Alves, 53, trabalhou com Jorny recentemente em jogos de futebol no Estádio Nacional Mané Garrincha. “Me parecia ser um garoto exemplar. Educado, simpático. Sempre falava da família. Ele dizia: ‘Queria que minha mãe e meus irmãos estivessem aqui assistindo’. Trabalhava como segurança, mas sempre focando nos estudos para concursos.”
A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanhou de perto a despedida do segurança, que tinha o sonho de se tornar um policial militar. “Viemos prestar essa homenagem ao Thiago e à mãe dele”, comentou o capitão Edmar Oliveira.