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Parte de mim ficou no túmulo, diz mãe de segurança ao enterrar o filho

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Entre parentes, amigos e colegas de profissão Jorny Thiago Abreu Adorno, 23 anos, dezenas de pessoas lotaram a Capela 2 do Cemitério de Taguatinga, na tarde desta terça-feira (15/10), para se despedir do jovem. Assassinado a tiros no último domingo (13/10), o agente de segurança privada foi velado sob forte comoção.

Desolada e aos gritos, a mãe de Jorny Thiago, Joseane Abreu, 41, pediu por justiça: “Eu não vim para Brasília para enterrar meu filho. Meu filho não é bandido”. A psicóloga se mudou de Ibotirama (BA) para a capital federal há nove anos, com Thiago e os outros dois filhos – atualmente com 17 e 8 anos.

“Injustiça, barbidade, impunidade, vazio, sentimento de impotência”. Assim que Joseane descreveu a sensação diante da partida precoce do filho. “Por causa de um bandido, ali [no túmulo] ficou uma parte de mim. Que o assassino dele pegue pena máxima”, desabafou a mãe.

Além disso, a psicóloga agradeceu à Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF)  pela medalha de honra ao mérito concedida pela corporação a Jorny Thiago. “Eu criei meu filho com integridade e, hoje, vi que valeu a pena”, completou Joseane.

Veja imagens do velório:

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Dezenas de pessoas lotaram a capela 2 do cemitério Campo da Esperança, em Taguatinga

Willian Matos/Metrópoles

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Morto aos 23 anos no último domingo (13/10), o agente de segurança privada foi velado sob forte comoção

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Willian Matos/Metrópoles

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Willian Matos/Metrópoles

Morador de Samambaia, Jorny Thiago trabalhava como segurança havia cerca de um ano e estudava concursos, com foco no certame da PMDF.

Amigo do jovem desde a época da escola, também em Samambaia, Isaías Wallace, 21, contou que admirava Jorny Thiago pelo empenho. “Ele sempre foi muito estudioso, dedicado, para se tornar policial”, comentou o estudante, que ainda frequentava a mesma igreja que o agente de segurança.

Veja imagens da vítima:

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Jorny Thiago Abreu Adorno

Reprodução/Redes socias

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Vítima tinha 23 anos

Reprodução/Redes socias

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Jorny Thiago trabalhava como segurança no Puxadinho Gastrobar, no Riacho Fundo II

Reprodução

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Ele foi baleado por cliente que quis sair sem pagar

Reprodução

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Crime aconteceu no domingo (14/10)

Reprodução

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Nas mídias sociais, amigos lamentaram a morte do jovem

Reprodução

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Vítima foi assassinada durante tiroteio em bar do Riacho Fundo 2

Reprodução

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Jorny Thiago Abreu Adorno

Reprodução

A agente de segurança privada Márcia Alves, 53, trabalhou com Jorny recentemente em jogos de futebol no Estádio Nacional Mané Garrincha. “Me parecia ser um garoto exemplar. Educado, simpático. Sempre falava da família. Ele dizia: ‘Queria que minha mãe e meus irmãos estivessem aqui assistindo’. Trabalhava como segurança, mas sempre focando nos estudos para concursos.”

A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) acompanhou de perto a despedida do segurança, que tinha o sonho de se tornar um policial militar. “Viemos prestar essa homenagem ao Thiago e à mãe dele”, comentou o capitão Edmar Oliveira.

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