Em 7 de outubro, completou-se um ano do ataque do Hamas a Israel, que teria capturado 251 reféns. Desde então, a retaliação massiva e desproporcional contra a população palestina da Faixa de Gaza, liderada pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, desencadeou uma crise humanitária sem precedentes na região.
Uma comissão da ONU, que investiga o conflito israelense-palestino desde 2021, acusa Israel de cometer crimes contra a humanidade nesta guerra, que já deixou mais de 41 mil mortos, entre eles 11 mil crianças.
O assassinato do líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, após ataques israelenses em Beirute, no Líbano, seguido de uma invasão de Israel em território libanês, acendeu todos os alarmes de uma guerra total com consequências imprevisíveis para a região.
Para aprofundar o tema, o Pauta Pública desta semana recebe Isabela Agostinelli, doutora em Relações Internacionais, pesquisadora do Grupo de Estudos sobre Conflitos Internacionais e especialista em estudos sobre Palestina/Israel, com foco na Faixa de Gaza. Ela destaca a expansão territorial de Israel às custas do genocídio palestino, o papel das grandes potências, especialmente dos Estados Unidos, no apoio à guerra, e a fragilidade das instituições internacionais diante da situação.