A possível violência sofrida pelo artista e professor de dança Luis Fernando Aguiar de Paula (foto em destaque), 23 anos, segue sob investigação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). O caso foi registrado como “provável atropelamento”, e a corporação busca por informações que possam contribuir com a elucidação do ocorrido.
Desde a madrugada de terça-feira (15/10), Luis Fernando está internado com quadro de traumatismo craniano, em coma induzido e sob ventilação mecânica, na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF).
Antes de dar entrada no HBDF, o jovem foi encontrado gravemente ferido, sozinho e inconsciente na 914 Norte. Em entrevista ao Metrópoles, a mãe de Luis Felipe, a chef de cozinha Adriana Aguiar, 50, disse acreditar que o filho tenha sido atropelado e que o motorista responsável fugiu.
“Foi um milagre de Deus terem-no achado. Alguém o encontrou ferido à beira da pista e ligou para os bombeiros irem socorrer. Ele estava gemendo de dor, e as roupas tinham marca de pneu”, detalhou a mãe, com base em informações que recebeu após saber da internação de Luis.
Coma induzido
O Corpo de Bombeiros Militar (CBMDF) e a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foram acionados para atender a uma ocorrência de possível atropelamento por volta da 1h40 de terça-feira (15/10).
Após ser internado, o artista passou por uma cirurgia na cabeça para retirada de parte do crânio e desafogamento do fluxo sanguíneo na região. O procedimento ocorreu como esperado, mas a recuperação do paciente é lenta, e o quadro dele ainda é considerado grave.
“Ele está internado na UTI [unidade de terapia intensiva], em coma induzido, mas tem sido bem assistido. Acredito que logo vão retirá-lo da ventilação mecânica para que volte a respirar por conta própria”, detalhou Adriana.
Adriana contou que o filho mora próximo ao local onde foi encontrado, mas a família ainda não sabe para onde ele iria quando sofreu o provável acidente. “Ele carregava uma mochila nas costas, mas não sabemos se estava voltando para casa de algum trabalho ou se ia para outro lugar”, completou.
Delegado-chefe da 2ª Delegacia de Polícia (Asa Norte), onde o caso é investigado, Érito Pereira da Cunha afirmou que os investigadores ainda não identificaram possíveis testemunhas do ocorrido ou eventuais suspeitos de cometer crime. A equipe da PCDF tenta, contudo, conseguir imagens de câmeras de segurança da área onde Luis Fernando foi achado caído.
“Pelo que soubemos, nenhuma câmera próxima ao local funcionava. Parece que a polícia teve acesso ao circuito de imagens de uma escola um pouco distante, mas que pode contribuir para elucidar o caso, bem como a possível autoria”, completou a mãe do artista.
“Menino jogado na chuva”
A desconfiança de Adriana sobre a ocorrência de um atropelamento se deve aos ferimentos presentes por todo o corpo da vítima e às marcas de pneus nas roupas dele, segundo foi informada. Por meio de vídeo publicado nas redes sociais, ela deu detalhes da situação do filho.
“De antemão, digo que não foi coisa boa, porque a maldade do ser humano chega ao ponto de deixar o menino jogado na chuva. Graças a Deus, uma pessoa o encontrou. Se tivesse passado mais meia hora, ele não teria sobrevivido”, completou Adriana,
No vídeo, a chef de cozinha contou que estava em viagem a Natal (RN) quando recebeu a notícia sobre a hospitalização e o estado de saúde do jovem. “A sensação de impotência é grande”, desabafou.
Assista ao relato da mãe:
Denuncie
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) disponibiliza quatro meios para registro de denúncias:
Telefone 197;
E-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br;
WhatsApp 61 986-261-197; e
Site da PCDF.
Por esses canais, é possível repassar informações sobre foragidos da Justiça ou crimes, e não é necessário se identificar.