Quase 40 bicicletas recuperadas em ações e operações das polícias civil e militar em poder de criminosos não foram retiradas pelas vítimas de roubo ou furto e estão no depósito da 4ª Delegacia de Polícia do Guará. Algumas estão lá há mais de ano. Junto com elas, estão 14 motos na mesma situação.
Algumas das bicicletas recolhidas estão em bom estado de conservação, mas outras estão piores ou pelo uso ou pela ação do tempo. Para o delegado titular da 4ª DP, Lorisvaldo Chacha, um dos motivos para o desinteresse das vítimas é a dificuldade de provar a propriedade da bicicleta. “Para ter direito à retirada, a vítima precisa apresentar a nota fiscal ou alguma foto que prove ser a sua bicicleta, junto com ocorrência policial”, explica o delegado. Segundo ele, algumas vítimas não demonstram interesse em recuperar as bicicletas apreendidas, mesmo quando são contatados pela delegacia.
Para as bicicletas que não são reclamadas, a Polícia Civil realiza um levantamento anual e, caso não haja vinculação a inquéritos ou registros de crime, a delegacia solicita autorização judicial para doação ou encaminhamento para desmanche. “Esse processo visa dar um destino adequado ao material, que muitas vezes é reaproveitado em projetos, como a fabricação de cadeiras de rodas”, completa o delegado.
Nos últimos seis meses, de acordo com o delegado Lorisvaldo Sacha, houve poucas apreensões de bicicletas na região do Guará, sendo que apenas três foram enviadas para doação após serem liberadas dos processos judiciais.
Moto é mais fácil retirar
Em relação às motos, o processo de retirada é mais fácil, porque basta apresentar o documento de propriedade e o de licenciamento do Departamento de Trânsito (Detran) e a ocorrência policial. Mesmo assim, a moto somente é entregue à pessoa que conta nos documentos como proprietário ou que seja procurador do proprietário.
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