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Empregado que impermeabilizou sofá vai responder por morte de família

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) indiciou o trabalhador autônomo Renan Lima Vieira por incêndio culposo – não intencional – com morte e lesão corporal grave como consequências. O caso aconteceu em 27 de agosto, em Valparaíso (GO), no Entorno do Distitro Federal, quando um casal e um bebê caíram de um apartamento no sétimo andar após o imóvel pegar fogo.

O laudo pericial elaborado pela Polícia Técnico-Científica de Goiás concluiu que o incêndio foi causado pelo produto usado na impermeabilização do sofá do apartamento.

Luiz Evaldo Lima, 38 anos, e Graciane Rosa de Oliveira, 25, ficaram presos no quarto e, enquanto tentavam respirar pela janela, caíram ao tentar segurar o filho, Leonardo, de 1 mês.

Veja imagens das vítimas:

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Leonardo no colo do pai, Luiz, e Graciane

Reprodução/redes sociais

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Graciane Rosa e Luiz Evaldo com a filha dela, de 11 anos

Reprodução/redes sociais

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Casal estava junto desde 2019

Reprodução/redes sociais

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Graciane e Luiz morreram ao tentarem fugir de incêndio

Reprodução/redes sociais

O laudo da perícia confirmou que o incêndio começou entre a sala e a cozinha do apartamento, em decorrência de ação humana involuntária, pelo uso inadequado de produtos solventes próximo a chama ou fonte de calor. O casal e o bebê morreram devido a politraumatismo provocado após a queda do sétimo andar.

Advogado da família, Paulo Henrique Santos, afirmou que estuda a possibilidade de recorrer na Justiça da tipificação do crime. A intenção da defesa seria indiciar Renan por homicídio com dolo – intenção – eventual: quando se assume a responsabilidade diante da possibilidade de causar uma morte, mesmo sem intenção.

Graciane e Luiz Evaldo estavam juntos desde 2019. Ele era repositor em mercados da região, e ela trabalhava como especialista em extensão de cílios e atendia clientes em Valparaíso.

Além de Leonardo, Graciane tinha uma filha de 11 anos, fruto de relacionamento anterior. A menina não estava com a mãe no apartamento, no momento da tragédia. E a avó materna das crianças, que estava no imóvel, sobreviveu ao incêndio.

Por volta das 11h do dia da tragédia, o Corpo de Bombeiros Militar de Goiás (CBMGO) recebeu um chamado para atender a uma ocorrência de incêndio no município goiano. No entanto, a situação se agravou rapidamente e, quando a equipe da corporação chegou ao local informado, a família já havia caído.

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