A Justiça do Distrito Federal manteve a prisão do ex-médico Lauro Estevão Vaz Curvo (foto de destaque). O homem está detido desde junho deste ano, após sua mãe, Zely Alves Curvo, 94 anos, morrer em um incêndio no apartamento, em Águas Claras. A idosa estava sozinha em casa no momento da tragédia.
A decisão de 24 de outubro analisou a prisão preventiva do acusado após 90 dias. O juiz afirmou ter havido novas circunstâncias sobre o caso que mudassem a condiçãode Lauro. “Não há qualquer circunstância fática e/ou jurídica superveniente que venha infirmar as razões de convicção externadas no decreto da prisão preventiva, restando, pois, seus fundamentos intactos”, escreveu o juiz de direito André Silva.
“Sendo assim, mantenho a prisão preventiva do réu, determinando, em consequência, a permanência deste em constrição cautelar”, completou.
Lauro tornou-se réu por homicídio em julho deste ano, quando a 1ª Vara Criminal e do Tribunal do Júri de Águas Claras recebeu a denúncia contra ele.
Incêndio em apartamento
Zely morreu após o apartamento em que ela morava pegar fogo. O incêndio ocorreu no Residencial Monet, em Águas Claras, no dia 31 de maio. Segundo o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (CBMDF), a idosa era acamada e vivia com o filho no apartamento. No momento do incidente, o homem não estava no local.
Assim que chegou ao local, a equipe de socorro verificou que havia muita fumaça e as chamas ainda eram visíveis. O incêndio foi confinado, ficando restrito ao quarto. A ação rápida evitou que o fogo se propagasse. No interior do cômodo, foi encontrado o corpo carbonizado da idosa.
Ainda não é possível definir se o incêndio que matou Zely ocorreu de forma criminosa ou não. A 21ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Sul) investiga o caso.
Ex-médico
Lauro Estevão Vaz Curvo é médico ginecologista. Ele foi condenado em primeira e segunda instâncias após ser acusado por duas pacientes de tocá-las indevidamente durante exames clínicos, entre 2009 e 2010, no Centro de Saúde nº 1, em São Sebastião. À época, uma delas tinha 17 anos e estava grávida. Ele também teve o registro cassado pelo Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF).
Em 2013, Lauro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que, três anos depois, reduziu a pena de seis anos e seis meses para cinco anos e 11 meses. O registro junto ao CRM-DF, no entanto, continuou cassado.