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Alianças Perigosas: Os Bastidores Sombrios da Candidatura de Poli à OAB-DF

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

 

Nas últimas semanas, a campanha de Paulo Maurício Poli, candidato à presidência da OAB-DF, revelou aspectos perturbadores sobre as alianças que ele vem cultivando

Entre os nomes que apoiam Poli, emergem figuras envolvidas em escândalos e condutas incompatíveis com a ética esperada de um líder da Ordem dos Advogados. Exemplo claro é Klaus Stenius Bezerra Camelo de Melo, recentemente condenado por apropriação indébita de indenizações trabalhistas de jornalistas. Klaus, que desviou mais de R$ 1,4 milhão em benefício próprio, mantém um fervoroso apoio a Poli, evidenciando que ambos compartilham princípios, no mínimo, questionáveis.

No entanto, a aliança de Poli com Klaus parece ser apenas a ponta do iceberg. Agora, vem à tona uma situação ainda mais alarmante envolvendo Erick Gustavo de Góis Silva, atual presidente da OAB de Águas Claras e candidato a diretor de valorização da advocacia e honorários na chapa de Poli. Erick Gustavo é citado em um boletim de ocorrência onde a mãe de seu filho relata lesões sofridas pela criança durante o período em que estava sob os cuidados do pai. Segundo o relato, Erick devolveu a criança sem informar qualquer lesão, embora esta apresentasse marcas próximas ao olho. As circunstâncias levantam sérias questões sobre a integridade de alguém que, paradoxalmente, pleiteia um cargo voltado à “valorização” da advocacia.

Esses dois episódios destacam o tipo de apoio que Poli vem angariando em sua campanha: advogados com histórico de condenações graves e situações pessoais que, no mínimo, colocam em xeque sua capacidade de liderar a Ordem. Em um momento em que a OAB-DF precisa de uma liderança forte e ética, a escolha de aliados como Klaus e Erick Gustavo revela um desprezo pela transparência e uma inclinação por associações que desafiam qualquer noção de integridade.

A candidatura de Poli, que já coleciona suas próprias polêmicas, agora é manchada por suas parcerias com figuras cujas condutas não só desabonam o projeto de gestão como trazem à tona a pergunta: qual o verdadeiro compromisso de Poli com a ética e a moralidade na advocacia? Em uma eleição onde se discute justamente a necessidade de um líder íntegro, a sombra dessas alianças pesa sobre a campanha, deixando claro que o
discurso de “valorização” esconde, na verdade, interesses pessoais e a perpetuação de práticas no mínimo incompatíveis com os princípios que
deveriam nortear a OAB.

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