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Pesquisa ECOA: Um em cada quatro judeus afirma ter sofrido ataques antissemitas no ambiente de trabalho

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

 

Levantamento contou com mais de 1 mil participantes de diferentes origens e crenças, com cargos de níveis operacionais à C-Level; Dados indicam que apenas 15% das empresas possuem algum tipo de iniciativa no combate ao preconceito religioso contra judeus

Um novo estudo conduzido pelo ECOA, movimento independente dedicado a promover a diversidade, a inclusão e a equidade no ambiente corporativo por meio de ações de conscientização sobre o antissemitismo, revela uma preocupante realidade sobre a presença do antissemitismo nas empresas brasileiras. Segundo a pesquisa, 1 a cada 4 profissionais judeus já vivenciou  situações de discriminação e preconceito em seu local de trabalho. O levantamento, realizado entre os dias 28 e 30 de outubro de 2024 por meio de questionário on-line, contou com a participação de mais de 1 mil profissionais de diferentes origens e crenças. Do total de respondentes, 63% fazem parte da comunidade judaica.

“O antissemitismo é um problema sério e sistêmico no ambiente corporativo, afetando significativamente a comunidade judaica”, afirma Danni Mnitentag*, um dos fundadores do ECOA. “As empresas têm a responsabilidade de criar ambientes seguros e inclusivos para todos os colaboradores, independentemente de sua origem ou crença.”

A pesquisa mostra que incidentes como piadas preconceituosas, comentários ofensivos e discriminação disfarçada são comuns, mas frequentemente ignorados pelas lideranças empresariais. Apenas 15% das empresas possuem políticas claras ou estão desenvolvendo iniciativas concretas para combater o antissemitismo.

“Na maioria dos casos em que houve incidentes, não houve ações corretivas ou repreensão por parte da liderança”, ressalta Mnitentag. “Isso demonstra o quanto as respostas institucionais são insuficientes diante desse problema.”

A pesquisa também revela que 83% dos participantes acreditam que o antissemitismo deve ser abordado de forma mais explícita nas políticas de diversidade e inclusão das empresas. Há uma demanda por treinamentos, campanhas de conscientização e outras medidas efetivas para combater a discriminação religiosa.

“Medidas concretas e abrangentes são essenciais para prevenir e combater o antissemitismo de forma efetiva”, afirma Mnitentag. “Líderes empresariais, profissionais de RH e gestores de diversidade têm um papel crucial a desempenhar nesse processo.”

O ECOA espera que este estudo sirva como um chamado de atenção para que as empresas assumam a responsabilidade de criar ambientes mais seguros e inclusivos para profissionais judeus e de todas as origens. ”Apenas com ações concretas e o compromisso da liderança será possível enfrentar esse desafio de maneira eficaz”, finaliza Danni Mnintentag.

 

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