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Cerveja dentro de BMW: quem é o homem que atropelou e matou ciclista

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Andeilson de Jesus de Souza, 35 anos, preso por atropelar e matar o ciclista Tiago Gonçalves de Oliveira (foto em destaque), 38, é morador de Águas Claras e tinha o costume de compartilhar conteúdos relacionados a carros nas redes sociais.  O motorista foi preso em 4 de janeiro, três dias após o atropelamento.

Umas das últimas fotos compartilhadas por Andeilson em uma rede social, em setembro de 2024, foi o volante de uma BMW, aparentemente em uma rodovia.

Na imagem ainda é possível ver duas latas de cerveja. Veja:

Andeilson chegou a se apresentar na 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) em 3 de janeiro, mas acabou liberado. O mandado de prisão preventiva foi expedido depois pelo juiz do Tribunal do Júri de Taguatinga.

Após a formalização dos procedimentos legais, o suspeito foi encaminhado à carceragem da PCDF e, posteriormente, será transferido ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça. O caso continua sob investigação da 17ª DP.

Homicídio doloso

De acordo com o delegado-chefe Mauro Aguiar, responsável pela apuração da tragédia, Andeilson será indiciado por homicídio doloso com dolo eventual. “Por excesso de velocidade, o motorista perdeu o controle e atropelou na faixa de acostamento, sem chance de defesa da vítima”, explicou o investigador.

Além de Andeilson, um amigo do motorista acabou preso por ajudar a esconder o carro em uma casa em Águas Lindas (GO). O veículo, localizado coberto por uma lona, ainda apresentava marcas de sangue e avarias. Ele foi encaminhado para o Instituto de Criminalística (IC), para perícia.

O advogado Ricardo Costa, responsável pela defesa de Andeilson, afirmou que seu cliente atropelou o ciclista após se distrair ao olhar o celular enquanto dirigia.

Segundo o advogado, o motorista não havia bebido no momento do acidente e estava acompanhado de uma mulher no veículo. Ainda conforme a versão apresentada, o carro foi para o acostamento quando Andeilson desviou a atenção para o celular. O defensor alegou que, após o atropelamento, o seu cliente parou para prestar socorro, mas deixou o local ao perceber que outras pessoas estavam ajudando e por medo de ser linchado.

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