Em 2024, o prefeito João Henrique Caldas (JHC) foi reeleito na capital de Alagoas. Com 71,34% das urnas apuradas, JHC recebeu 83,26% dos votos. O atual mandatário de Maceió foi apoiado pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL) e teve como principal adversário nas eleições Rafael Brito (MDB), apadrinhado pelo senador Renan Calheiros.
Agora, segundo informações, o rival Renan Calheiros prepara todo seu potencial de guerra para aproveitar o escândalo do momento em Maceió e derrubar JHC. Por outro lado, na Câmara de Vereadores de Maceió já se comenta sobre a abertura de CPI para investigar a possível relação entre JHC e a ONG Econacional. Em Brasília, deputados também falam em CPI para investigar o envio de emendas milionárias para a ONG.
A ONG Instituto Econacional de Desenvolvimento, ONG contemplada com verba milionária de emendas, funciona na verdade em um órgão da Prefeitura de Maceió. A fachada do edifício tem a logomarca do Centro de Atendimento e Cuidados ao Servidor Público de Maceió (CACs). A inauguração do espaço contou com a presença do prefeito João Henrique Caldas (PL), conhecido como JHC.
O líder da bancada do DF no Congresso Nacional, deputado Rafael Prudente, foi quem articulou a destinação de R$ 26 milhões em emendas para a ONG, alvo de denúncias. Rafael Prudente (MDB) afirmou ao Metrópoles que a escolha da ONG para receber as emendas ocorreu “visto seu histórico de serviços prestados ao DF”. Questionado sobre quais seriam esses serviços, o parlamentar simplesmente não respondeu.
Em um relatório publicado em janeiro deste ano, a Controladoria-Geral da União destacou que o site da Econacional “não possui informações a respeito da transparência da execução de recursos públicos recebidos”.
Emendas de bancada e de comissões não têm autores individuais e “substituíram” o orçamento secreto, extinto pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022. Elas são assinadas conjuntamente por todos os representantes de uma unidade da federação no Congresso, sem dados públicos sobre quem solicitou o pagamento.
O presidente da ONG Econacional, Ramalho Souza Alves, foi alvo de operação da Polícia Federal, em agosto de 2024, no âmbito de investigação que apura o desvio de recursos públicos para aquisição de cestas básicas durante a pandemia de Covid-19 no Tocantins.
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