Liso, listrado, geométrico, neutro o ou colorido: cada tapete tem o seu lugar dentro do projeto de arquitetura de interiores
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Personalidade, estilo e a sensação de conforto sob os pés são alguns dos predicados que fazem do tapete um recurso eterno no décor de interiores. Muito além de compor lindamente os ambientes, ele exerce um papel fundamental em livings, dormitórios e cozinhas, equilibrando cores, texturas e materiais.
“Além da estética, os tapetes também oferecem outras benesses como a absorção de ruídos e a delimitação de ambientes integrados. Em salas de estar, entregam uma base aconchegante para a disposição dos móveis, enquanto nos dormitórios garantem um toque de maciez aos pés assim que levantamos da cama”, explica a arquiteta Claudia Passarini, que ao lado de Vanessa Paiva está à frente do escritório Paiva e Passarini Arquitetura.
A escolha do modelo ideal passa por diversos fatores e múltiplas opções, sempre considerando o uso e a harmonia com o restante da decoração. Para facilitar na escolha, a dupla de arquitetas preparou dicas e inspirações de ambientes com tapetes. Confira!
Formato
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Um dos primeiros requisitos considerados, sem dúvidas, é o formato, pois cada tapete carrega um efeito diferente para o ambiente. As versões retangulares são clássicas, versáteis e fáceis de serem encontradas com uma variedade grande de medidas e segundo a arquiteta Vanessa Paiva, as dimensões mais alongadas permitem delimitar os espaços integrados sem comprometer a circulação.
Já os modelos redondos são popularmente escolhidos por trazerem leveza e fluidez ao décor. “São ótimos para halls de entrada e quartos infantis. Nesse caso, conseguimos propiciar um espaço aconchegante e convidativo para brincadeiras”, conta.
Os tapetes quadrados, por sua vez, são considerados mais ousados, tornando-se um verdadeiro destaque no cômodo por assumirem o protagonismo em combinações como a junção de dois modelos retangulares e de medidas semelhantes. “Adoramos esse arranjo fora do convencional”, diz Claudia.
Cores
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Avançando no processo, é chegada a hora de definir as cores. Para as arquitetas, tons claros são recomendados para espaços compactos, pois ajudam na missão de prover amplitude e leveza. Em contrapartida, a paleta mais escura agrega sofisticação em áreas amplas e, para ambas as situações, é fundamental considerar o equilíbrio visual, conforme analisa Claudia. “Um tapete escuro pode ser contrastado com móveis e objetos de cores neutras, enquanto o mais claro combina melhor com elementos mais vibrantes na decoração”.
Ela argumenta que outro ponto essencial é outorgar o papel que o item assumirá no ambiente e o raciocínio é o seguinte: se a ideia for destacá-lo como o grande protagonista do espaço, o caminho é selecionar estampas marcantes ou cores mais intensas. “Ao focar na discrição, o neutro é sempre a sugestão mais adequadas”, adiciona.
Material
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Outro fator que costuma levantar dúvidas diz respeito ao material a ser escolhido que não deve se ater apenas à estética, mas também por atributos como as condições climáticas e a facilidade no dia a dia.
Em cidades quentes, tapetes felpudos ocasionam desconforto térmico, ao passo que no período de temperaturas baixas a palha e o sisal não ajudam com o aquecimento desejado. Ademais, cada material tem suas características específicas: a lã é sofisticada e confortável, mas exige manutenção frequente e o sisal é resistente e prático e perfeito para áreas de alta circulação. “Precisamos considerar também a rotina de casa. Uma família com crianças e animais de estimação deve priorizar materiais duráveis e fáceis de limpar – caso das fibras sintéticas ou algodão”, relatam Claudia e Vanessa.
Tamanho
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“Definimos o tamanho ideal com base na área disponíveis e nos móveis a serem dispostos”, explica Vanessa. Na sala de estar, o ideal é que ele fique um pouco embaixo do sofá, se estendendo por, pelo menos, 20 cm em casa uma das laterais. “Para uma melhor percepção de amplitude, o tapete para recobrir o piso onde estará todo o mobiliário é uma alternativa perfeita”, acrescenta.
Por fim, elas recomendam que a sala de jantar ofereça uma sobra de, pelo menos, 70 cm a 1 m ao redor da mesa, permitindo que as cadeiras sejam movimentadas sem ultrapassar seus limites. No dormitório, é indicado que o tapete comece na metade da cama e se estenda aproximadamente 70 cm a 1 m para os lados e para frente, garantindo conforto ao sair da cama. “Acima de tudo, é preciso respeitar as proporções do espaço e dos móveis para que o tapete não pareça pequeno demais ou grande a ponto de comprometer a circulação”, concluem as arquitetas.
Sobre o escritório Paiva e Passarini Arquitetura
A parceria entre as profissionais Claudia Passarini e Vanessa Paiva é uma prova de que a sofisticação e a técnica trazem excelentes resultados. O escritório Paiva e Passarini já assinou mais de 600 projetos em mais de 14 anos de união, tendo como pontos de destaque o atendimento aos clientes e a qualidade técnica dos projetos. A dupla imprime a sofisticação de uma maneira que atenda às necessidades reais das pessoas, engenhosamente combinando a marca Paiva e Passarini com a expectativa dos clientes para realizar sonhos.
(17) 3235-2618
arquitetura@paivaepassarini.com.br | www.paivaepassarini.com.br
@paivaepassarini
O post Não são um mero detalhe: arquitetas explicam como definir o modelo ideal do tapete para os ambientes residenciais apareceu primeiro em Jornal do Planalto.