O caso de esfaqueamento entre estudantes ocorrido no Centro Educacional (CED) 2 de Brazlândia, colégio cívico-militar do Distrito Federal, na manhã desta terça-feira (8/4), seria resultado de uma série de episódios de bullying.
O Metrópoles apurou que o adolescente de 14 anos que esfaqueou o colega seria vítima de chacota, perturbação e agressões verbais por parte do jovem de 15 anos que acabou esfaqueado. Cansado de ser ofendido, o autor teria decidido levar uma faca para a escola e descontar a raiva no outro rapaz.
Ainda de acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a vítima da facada seria um aluno de comportamento enérgico, e nem a atuação militar no CED 2 teria cessado a indisciplina do estudante.
O que aconteceu
- Na manhã desta terça-feira (8/4), um adolescente de 14 anos esfaqueou um colega de 15, no CED 2 de Brazlândia, uma das escolas militarizadas do DF;
- A motivação seria uma série de episódios de bullying cometidos pela vítima contra o autor;
- A Polícia Militar do DF (PMDF) atesta que “a agressão teria sido motivada por um desentendimento antigo entre os dois estudantes”;
- O jovem agredido foi esfaqueado nas costas. Ele recebeu suporte do Samu e foi levado ao Hospital Regional de Brazlândia (HRBz). Não há detalhes do estado de saúde, dele;
- O autor da facada foi levado à Delegacia da Criança e do Adolescente (DCA) 2, em Taguatinga.
Ao Metrópoles a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, afirma que vem trabalhando “diuturnamente com orientações, rodas de conversa e afins para que os meninos não façam bullying uns com os outros”. “Criamos uma assessoria especial só de cultura de pais, com profissionais de excelência que visitam as escolas e trabalham junto à Segurança Pública”, declara.
Hélvia lamentou o episódio desta terça, no CED 2 de Brazlândia: “A gente tem uma rede de 460 mil estudantes. Não gostaríamos de ter nenhum episódio [de violência], mas foge do nosso controle”, considera.
Em nota oficial, a Secretaria de Educação do DF confirma o caso e diz que o desentendimento foi controlado pelos servidores da escola. “Os alunos envolvidos foram acompanhados o tempo todo pelo Batalhão de Policiamento Escolar da Polícia Militar.”
A pasta diz ainda que mobilizou uma equipe para intervir na escola “promovendo ações voltadas a reestabelecer o bem-estar da comunidade escolar”. “Além das ações imediatas, medidas de apoio psicossocial serão disponibilizadas para a comunidade escolar ao longo desta semana”, encerra a nota.
As famílias dos dois adolescentes envolvidos foram chamadas à DCA II para prestar depoimento.