A disciplina Projeto de Vida, do Centro Educacional (CED) 01 do Riacho Fundo II, oferece aos 900 estudantes uma perspectiva alternativa ao tradicional percurso acadêmico rumo à universidade. Nela, os alunos desenvolvem projetos inovadores e habilidades empresariais, tendo a oportunidade de apresentar as empresas que criaram durante a Feira do Empreendedor, que começou na terça-feira (27) e termina nesta quarta (28), com a presença dos professores avaliando os projetos.
Para viabilizar a disciplina, a escola conta com a parceria do projeto ALI Educação Empreendedora do Sebrae-DF, que forneceu aos alunos noções essenciais sobre empreendedorismo. Wesley Santos, um dos professores responsáveis pela iniciativa, detalha o trabalho desenvolvido com a autonomia dos alunos.
“A ideia do projeto é oferecer aos alunos uma perspectiva além da faculdade e do curso técnico. O empreendedorismo é uma alternativa viável, e os alunos demonstram afinidade com a área. Eles são responsáveis pela fase inicial do projeto, incluindo o desenvolvimento do produto, a criação da logo da empresa e a comercialização, tudo com total autonomia”, explica Santos.
Além de estimular a criatividade e o espírito empreendedor dos alunos com a realização da feira, o CED 01 contribui também para a formação de futuros líderes e empresários capacitados para enfrentar os desafios do mercado
Todos os trabalhos são avaliados, e os grupos podem receber até três pontos em todas as disciplinas. A empresa que se destacar durante a feira ganhará um passeio promovido pela escola.
Projetos
Entre os projetos apresentados na terça-feira, um dos destaques foi a empresa de alfajores AlfaJoy, que comercializa o produto durante os intervalos das aulas. O estudante João Vitor Santos, 17, é um dos seis integrantes do grupo e explica a missão e os valores do negócio, propostos com a ajuda dos colegas.
“Nossa empresa traz inovação na gastronomia com diferentes tipos de alfajores. Estamos vendendo várias unidades e, com base nas nossas projeções, conseguiremos uma margem de lucro significativa, o que é muito animador para todos nós”, comemora João Vitor.
Ele destaca ainda o faturamento mensal do negócio: “Com base nas nossas projeções, vendendo 30 alfajores diariamente, inclusive fora da escola, calculamos um lucro médio mensal de R$ 4.800. Após descontar os custos de R$ 2.247, nossa margem de lucro é de R$ 1.800. Dividindo esse valor entre os seis membros da empresa, cada um recebe um lucro médio de R$ 300”.
O diretor do CED 01, Júlio Moronari, ressalta a importância da iniciativa para o desenvolvimento dos estudantes. “Com o projeto de empreendedorismo, buscamos desenvolver a capacidade dos nossos alunos de identificar problemas e oportunidades, criar soluções e investir recursos em algo positivo para a sociedade”, afirma.
Futuro
Além de estimular a criatividade e o espírito empreendedor dos alunos com a realização da feira, o CED 01 contribui também para a formação de futuros líderes e empresários capacitados para enfrentar os desafios do mercado. É o caso dos irmãos gêmeos André Gabriel e André Rafael Gonçalves, 17. “Aprendemos a resolver problemas e a lidar com contratempos, o que é fundamental tanto para os projetos da escola quanto para os negócios familiares”, pontua André Rafael.
Os estudantes, desde pequenos, são envolvidos com a empresa da mãe, uma floricultura. “A experiência que adquirimos aqui é a base para nossos futuros empreendimentos, e os professores da escola têm sido muito importantes nesse processo. Já estamos dando continuidade ao projeto para o nosso futuro junto à floricultura da nossa família”, acrescenta André Gabriel.