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Análise da água indicará se João Miguel foi dopado antes de ser morto

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

Os institutos de Criminalística (IC) e de Medicina Legal (IML) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) trabalham para concluir os últimos laudos que servirão para respaldar e concluir o inquérito que apura o assassinato do menino João Miguel Silva, aos 10 anos (foto em destaque). Um dos exames analisa amostras de água coletadas na casa do carroceiro Jackson Nunes de Souza, 19.

A conclusão dos investigadores da 8ª Delegacia de Polícia (Estrutural) é de que o menino foi assassinado por asfixia mecânica. No entanto, existe a suspeita de que a vítima tenha sido envenenada ou dopada antes de ser asfixiada. O exame na água irá confirmar ou afastar a possibilidade.

Outro fato curioso que chamou a atenção dos médicos legistas do IML diz respeito a pequenos pontos pretos que foram encontrados no estômago de João Miguel. A descoberta também está sendo analisada e deverá ter uma resposta nos próximos dias, antes de o inquérito ser relatado.

Prisão

Preso pela PCDF em 27 de setembro deste ano, um carroceiro  confessou que ajudou a enterrar o corpo do menino. Os investigadores suspeitam que o menor ainda estava vivo quando foi amarrado e jogado em uma fossa.

João ficou cerca de 15 dias desaparecido antes de ser encontrado sem vida em uma área de mata no setor Lúcio Costa, em frente ao viaduto que dá acesso ao Guará I.

A coluna apurou que o carroceiro preso informou alegou que quem matou o menino foi, na verdade, a namorada dele, uma adolescente, de 16 anos. Em depoimento, a menor teria assumido a autoria do assassinato. A Justiça negou o pedido da PCDF para internar a adolescente em uma unidade de medida socioeducativa.

O estopim para crime teria sido um cavalo. Segundo as investigações, João Miguel teria pegado o animal do autor emprestado para ir ao Setor de Indústria e Abastecimento (SIA) e perdido o animal. O cavalo foi localizado após um mês no curral da Seagri. Porém, o carroceiro não conseguiu retirá-lo.

Quando foi encontrado, o corpo de João estava com as mãos amarradas, um tecido preso ao pescoço e envolto em um pedaço de pano similar a um lençol.

Veja imagens de onde corpo foi encontrado:

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Local onde corpo foi encontrado

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Fossa onde menino foi achado morto

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Rafaela Santos da Silva, tia do menino João Miguel

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Supermercado Bão de Mais, último lugar em que João Miguel foi visto

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Rafaela Santos da Silva, tia do menino João Miguel, reconheceu uma correntte que ele costumava usar

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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A corrente será analisada pela perícia da PCDF

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Vinícius Schmidt / Metrópoles

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Menino desapareceu em circunstâncias misteriosas

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

Ida ao mercado

O último momento em que foi visto pela família João estava brincando, por volta das 18h do dia 30 de agosto. Relatos de vizinhos também indicam que ele foi ao mercado, por volta das 21h .

“No dia a dia, ele ficava brincando na frente de casa. Ele não era menino de sair com estranhos. Era acostumado a ir ao mercado porque é perto de casa, não é tão longe. Esse era o único percurso que ele tinha para fazer, não pode ter ido a outro lugar”, completou a tia.

Apesar de ter sido encontrado em uma fossa com água, o menino não tinha água nos pulmões, o que descarta a possibilidade de afogamento. Segundo os investigadores da 8ª DP, também não havia indícios de crimes sexuais no corpo de João Miguel.

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