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André Octávio revela como a Rede Plaza enfrenta a crise com criatividade

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Em entrevista, André Octávio Kubitschek avalia mudanças implementadas no segmento hoteleiro da capital

O diretor-superintendente da Rede Plaza Brasília de Hotéis, André Octávio Kubitschek, revelou, em entrevista ao Programa Ponto e Vírgula, da Rádio JK FM, que a crise provocada pela pandemia da Covid-19 vem sendo superada aos poucos pelo segmento. Para o jovem executivo, de 28 anos, foi preciso reinventar a própria atividade hoteleira e investir em segurança e alternativas de hospedagem, para atrair os clientes.

Na conversa com os apresentadores Jorge Eduardo Antunes e Andreia Salles, ele também avaliou o legado de Juscelino Kubitschek – André é bisneto do ex-presidente da República. “JK soube trazer para um ‘dream team’, com Israel Pinheiro, Bernardo Sayão, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, entre outros. Essa equipe foi de extrema importância e ele atraiu estes talentos para realizar as metas necessárias para o desenvolvimento do Brasil”, afirmou.

 

Como ficou o setor hoteleiro desde a crise provocada pela Covid?

André Octávio Kubitschek – O segmento tem passado por um momento turbulento, com inúmeras dificuldades. Foi um dos setores mais afetados pela pandemia da Covid-19 no Brasil e no mundo, e aqui em Brasília a gente está tendo de se reinventar, buscando propostas que possam gerar uma retomada no setor.

 

O turismo interno e externo praticamente cessou.  O 21 de abril mostrou menos turistas nacionais e estrangeiros aqui em Brasília. Como você vê este cenário, já que a tendência deve ser prolongar a escassez de visitantes?

André Octávio Kubitschek – A pandemia trouxe uma onda de trabalho remoto, com reuniões e eventos online. Isso tem dificultado o nosso segmento e fomos muito afetados. Brasília requer o turismo presencial, por conta dos eventos corporativos e dos concursos, entre outros fatores.

 

A gente nota que aumentaram os pacotes de final de semana, pois as pessoas estão fartas de um ambiente único, e também a oferta de aluguéis mensais nos hotéis, que acabam incluindo despesas como IPTU e condomínio. Como está isso na Rede Plaza?

André Octávio Kubitschek – Na questão dos pacotes de finais de semana, para as pessoas saírem da dura rotina, temos obtido um retorno satisfatório. E fizemos investimentos neste sentido, como, por exemplo, aquecer a piscina do Royal Tulip, proporcionando um atrativo extra para os hóspedes, porque as pessoas passam a ter opções de um lazer seguro, convidativo e ao ar livre, como também ocorre no Brasília Palace. Já em relação aos mensalistas, temos começado a ingressar nesse mercado, que é bastante promissor e uma boa solução para o problema atual no setor hoteleiro. Temos conseguido um bom retorno por esta iniciativa, que acaba sendo boa para todos, pois permite um isolamento com total segurança.

 

Em média, quanto sai um aluguel de um mensalista nos hotéis?

André Octávio Kubitschek – Nos nossos hotéis, este pacote mensal sai, em média, a R$ 1.900. Isso inclui vaga de garagem, segurança, arrumação diária e troca semanal dos enxovais, além de TV a cabo, internet de alta velocidade e condomínio. Esse preço é para duas pessoas, mas por uma taxa em torno de R$ 200 é possível receber até um terceiro hóspede. É um dos preços mais econômicos do mercado e um momento muito propício para quem está procurando uma moradia mais segura.

 

Mudou algum procedimento nos cafés da manhã?

André Octávio Kubitschek – Estamos seguindo todos os protocolos de higiene determinados pelas autoridades sanitárias. Para se servir, é necessário uso de luvas. Os pratos já estão vindo da cozinha prontos e embalados. É uma forma de conduzir com mais segurança nossas operações. E os hóspedes têm gostado muito.

 

E nas áreas comuns, o que foi alterado?

André Octávio Kubitschek – O hotel tem álcool em gel em todos os andares e elevadores. Nos elevadores, separamos eles por percurso, com aqueles que sobem dos que descem. Há também um protocolo de sanitização feito com eficiência por nossa equipe de limpeza.

 

Falando do 21 de abril, e do trabalho de seu bisavô, Juscelino Kubitschek, como é administrar este legado, como conselheiro do Memorial JK e porta-voz da família?

André Octávio Kubitschek – É uma honra imensa carregar este nome e tenho total reconhecimento da trajetória de JK, um estadista nato, que promoveu uma reconstrução do Brasil. E Brasília, a meta-síntese, conseguiu integrar o País e reinventou a nossa economia. Foi ele que criou novos eixos de desenvolvimento, com especial atenção à educação, energia, transporte, alimentação, indústria de base e à construção da nossa capital.

 

JK foi um aglutinador de talentos ou atraía-os para seus projetos?

André Octávio Kubitschek – Um pouco dos dois. Ele soube trazer para perto dele um ‘dream team’, com Israel Pinheiro, Bernardo Sayão, Lúcio Costa e Oscar Niemeyer, entre outros. Essa equipe que ele montou foi de extrema importância e para realizar as metas necessárias para o desenvolvimento do Brasil.

 

Um momento histórico para JK foi o famoso comício de Jataí, quando ele foi desafiado a cumprir o preceito constitucional que determinava a transferência da capital. Como gestor de um importante segmento empresarial, como é, hoje, a abordagem do público a você?

André Octávio Kubitschek – Os desafios modernos são inúmeros e foi interessante lembrar do saudoso Toniquinho e o histórico comício de Jataí. Hoje em dia, temos mais facilidade de conversar com autoridades, políticos e empresários, via redes sociais. Isso nos traz uma demanda maior, pois estas conversas muitas vezes viram embates, e são quase que cotidianas. Mas a cordialidade deve ser a marca de quem está na gestão, seja ela pública ou privada.

 

Os empresários brasileiros estavam em uma reta ascendente antes da pandemia. Agora, qual é o maior desafio para a reconstrução de nações e empresas?

André Octávio Kubitschek – O maior desafio no momento é a tecnologia. A gente precisa tomar cuidado com ela, que vem crescendo e derrubando diversos segmentos. As inovações são boas, mas muitas vezes as gigantes passam por cima de pequenos empresários. Precisamos aprender a nos adaptar. Quanto à pandemia, a gente precisa se cuidar melhor, como indivíduos e como sociedade.

 

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