Com a vacinação sendo o principal e mais eficiente meio de combate a pandemia causada pela Covid-19, a necessidade de imunizar profissionais cujo trabalho presencial é indispensável, tem sido de extrema importância.
No início de março, a deputada distrital Jaqueline Silva (PTB) solicitou à Secretaria de Saúde, por meio de ofício, a inclusão dos Conselheiros Tutelares nos grupos prioritários para receber a vacina contra a Covid-19.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (22/03), o secretário de Saúde, Osnei Okumoto, informou a inclusão dos conselheiros, acrescentando, também, os agentes funerários, assistentes sociais, integrantes das forças de segurança, auditores do DF Legal e funcionários do Instituto Médico Legal (IML) nas próximas fases da vacinação.
Defensora da garantia de direitos e benefícios para a categoria, Jaqueline Silva relata que tem recebido inúmeros pedidos de conselheiros que não podem parar ou aderir o isolamento ou distanciamento social, quando são acionados para, por exemplo, socorrerem crianças vítimas de violência doméstica ou abandono. “Não tem como virarmos as costas para esses profissionais que são de importantíssimos e já trabalham em condições críticas. Nós precisamos proporcionar segurança sanitária para essas pessoas, que têm colocado suas vidas em risco para amparar outras vidas”, argumentou.
*Lei sobre prioridade na vacinação*
Jaqueline Silva (PTB) também propôs a inclusão dos conselheiros tutelares no projeto de lei que delibera sobre a prioridade para o recebimento das vacinas que serão usadas para imunização da população do DF. A parlamentar apresentou uma emenda substitutiva ao PL 1.298/2020, que está em tramitação na CLDF, para assegurar o acesso à medida de prevenção à contaminação destes profissionais, que executam atendimento presencial a população, sendo expostos ao grande risco de contágio no atendimento a crianças, jovens e a população de baixa renda, que tem menos acesso a equipamentos de proteção individual.
Lívia Ribeiro, conselheira tutelar de Santa Maria Sul, conta que, apesar das restrições de isolamento social, eles nunca pararam de trabalhar. O horário foi reduzido, mas seguem trabalhando no modo de sobreaviso 24 horas por dia: “Fazemos visitas diárias na casa das famílias atendidas e não temos equipamentos de proteção sendo reposto todo mês, nos viramos como podemos. Por isso, temos sim que estar no grupo prioritário”.