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Bordel do sequestro na Asa Sul tem menu do sexo com rapidinha no carro

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

A casa de prostituição que foi palco do sequestro de cinco garotas de programa voltou a funcionar a “pleno suor” na área central de Brasília. O local é conhecido pela altíssima rotatividade. Há seis meses, o bordel de portas escancaradas para a W3 Sul, na quadra 512, virou notícia no Distrito Federal. O bloco foi cercado por policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (Bope) após um criminoso invadir o local. Depois três horas de negociação, o homem armado com uma faca e uma arma de brinquedo foi preso. Na ocasião, duas das prostitutas foram estupradas.

Atualmente, o prostíbulo voltou aos áureos tempos com clientes a rodo, gorjetas generosas e transas em profusão. Com publicidade inundando grupos de WhatsApp, a casa passou a apostar em um vasto e variado “cardápio do sexo”, com preços para todos os bolsos e serviços sexuais ofertados a todos os gostos. A reportagem do Metrópoles acompanhou a rotina das garotas que aquecem as tardes de quem frequenta o “Bordel do Sequestro”.

No início da tarde, logo após o almoço, o sobe e desce frenético da escadaria que leva até às pequenas quitinetes denuncia a prosperidade do negócio. Ainda uniformizados, funcionários de empresas privadas, motoboys com capacetes a tiracolo e jovens de mochilas nas costas aproveitam para visitar as moças em horário comercial.

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Igo Estrela/Metrópoles. @igoestrela

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Menu da sacanagem

Na maioria das vezes, os encontros sexuais são previamente agendados pelas garotas por meio do WhatsApp. A zona não é bagunçada, existe dia e hora para cada cliente se refestelar com as meninas. Quatro delas se revezam durante um determinado período do dia. A labuta tem início por volta de 13h e segue firme até as 21h.

Sem tempo a perder e usando a máxima do “tempo é dinheiro”, as garotas instituíram a rapidinha dos 10 minutos, por módicos R$ 80, com direto a sexo oral e vaginal. Mas quem quiser desfrutar de mais tempo em meio aos lençóis de Melissa, Carla, Valentina, Larissa e Aline, precisa desembolsar R$ 100 por meia hora de sexo ou R$ 150 por uma hora.

No cardápio publicado no perfil do WhatsApp, o bordel ainda dispõe de serviços mais sofisticados, para clientes abastados. São cobrados R$ 200 pela chamada “completinha”, programa com direito a sexo oral, vaginal e anal. O homem que quiser tirar a garota de programa da quitinete e levá-la para um hotel, precisa pagar a bagatela de R$ 600.

Veja imagens do “Bordel do Sequestro”:

Rapidinha no carro

Entre as opções do menu está um dos campeões de venda: a “rapidinha no carro”. Por R$ 100, o cliente transa com a garota em alguns dos estacionamentos públicos da Asa Sul, nas proximidades da quadra 512. Não importa se à luz do dia, ou à noite, o prazer do cliente é visto como prioridade pelas meninas.

A coluna identificou a presença de uma cafetina no local, que organiza a agenda sexual das garotas e mantém o bordel em ordem. A morena costuma deixar o prédio e seguir até o estacionamento em frente a um bloco residencial onde deixa um VW Nivus estacionado, sempre no final da tarde.

O sequestro

Em 1º de fevereiro deste ano, duas das cinco prostitutas que foram mantidas reféns em uma casa de massagem na Asa Sul foram estupradas pelo sequestrador. O homem, de 26 anos, invadiu o local e manteve seis pessoas reféns por três horas, entre elas, um homem e cinco mulheres.

Uma testemunha contou à PMDF que o criminoso entrou no estabelecimento, que estava trancado, sob o pretexto de contratar os serviços das profissionais para uma despedida de solteiro. Já no local, armado com faca e uma arma de brinquedo, teria estuprado duas das vítimas.

Durante o sequestro, uma das mulheres que se identificou como garota de programa ligou para a PM informando que uma amiga havia pedido socorro durante uma ligação telefônica. O homem, em um primeiro momento, manteve seis pessoas reféns. Ao longo da tarde, ele liberou as vítimas e se entregou depois.

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