Referência histórica no telejornalismo brasileiro, o jornalista e apresentador Cid Moreira (foto em destaque), morto aos 97 anos na manhã de quinta-feira (3/10), recebeu o título de cidadão honorário de Brasília (DF), em 2006.
O reconhecimento foi dado pela Câmara Legislativa (CLDF), por iniciativa do então deputado distrital Peniel Pacheco (PDT). O parlamentar ressaltou que Cid Moreira era um cidadão do Brasil.
Na ocasião, Pacheco ressaltou que, por 27 anos, Cid Moreira apresentou o Jornal Nacional, da TV Globo. E, com a voz marcante, dava um “boa noite” que servia como senha para muitas mães avisarem os filhos de que era hora de dormir.
O distrital destacou que o 1º documentário produzido pelo ex-presidente Juscelino Kubitschek sobre Brasília foi narrado por Cid Moreira. “O que o torna mais ligado a Brasília do que muitos candangos”, ressaltou Pacheco.
Adeus
O falecimento foi confirmado pela viúva do jornalista durante o programa Encontro, na manhã desta quinta.
O jornalista estava internado em um hospital em Petrópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. Nas últimas semanas, vinha tratando uma pneumonia, além de um problema crônico no rim.
Nascido em Taubaté, no interior de São Paulo, no dia 29 de setembro de 1927, Cid Moreira começou a carreira no rádio, mas foi na televisão que encontrou seu verdadeiro palco.
Jornal Nacional
Ao longo de 27 anos à frente do Jornal Nacional, Cid foi responsável por noticiar alguns dos momentos mais marcantes da história do Brasil e do mundo, desde eleições presidenciais até tragédias e grandes conquistas.
Com uma dicção perfeita e um estilo único, ele se tornou referência no jornalismo, sendo lembrado pela forma calma, porém firme, com que transmitia os acontecimentos.