Iniciativa que fortalece artistas e territórios do Distrito Federal, o Circuito Candango de Culturas Populares tem um novo cronograma de atividades, que será lançado neste sábado (9 de novembro). A nova programação de 2024/2025 tem início às 15h, na Casa de Cultura do Guará.
A novidade será anunciada na primeira atividade do Ciclo de Oficinas Afro-candangas, onde Zenga Baque Angola apresenta ensaio aberto de Tambor, Baque Angola e Ancestralidade, com presença de mestras e mestres locais e do Brasil durante todo o ciclo. O novo cronograma vem recheado de festivais, publicação de livro, lançamento de sites, debates, oficinas e apresentações artísticas por diversos territórios culturais do Distrito Federal.
Capitaneado pelo Instituto Rosa dos Ventos – recentemente reconhecido com o prêmio Mestre Zezito, do Fundo de Apoio à Cultura –, o Circuito Candango de Culturas Populares vem, há seis anos, trabalhando com o objetivo de promover territórios e valorizar a diversidade de expressões culturais. O projeto acontece por meio de múltiplas atividades, tanto para formação educativa quanto para o entretenimento cultural. A ideia é fomentar e manter espaços e eventos produtores de saberes e fazeres artísticos da capital do país.
De 2018 para cá, o projeto vem realizando eventos de grande relevância para o cenário cultural da cidade. Em 2020, o Circuito Candango de Culturas Populares apresentou um estratégico projeto cultural, destinado ao fomento e à manutenção de espaços e eventos produtores de saberes e fazeres artísticos do Quadrado. Trata-se de lugares e atividades abertas à comunidade, que propõem cotidianos de cultura tradicional, com calendário fixo de ações formativas e celebrações essenciais à identidade brasileira.
Entre esses espaços figuram territórios, festejos e atividades formativas. Entre os territórios, a Praça dos Orixás, o Ilê Axé Oyá Bagan – Comunidade Tradicional de Matriz Africana no Paranoá –, a Casa de Cultura Martinha do Coco e o Centro de Tradições Populares de Sobradinho, sede do Bumba Meu Boi de Seu Teodoro.
“É sempre uma satisfação muito grande falar do Circuito, um projeto que desde sua fundação envolve muitos artistas, territórios e grupos culturais, gerando emprego e renda. É só alegria ver mais um ciclo do Circuito acontecendo. Vamos brincar. A cultura popular do DF e entorno é isso, é brincar, fazer alegria e criar oportunidades”, celebra Guará Freire, filho do saudoso Mestre Teodoro Freire.
Cronograma
Para a Yalorixá Mãe Baiana de Oyá, uma das maiores lideranças do candomblé no Distrito Federal, integrante do Coletivo de Yás e fundadora do Ilê Axé Oyá Bagan, o Circuito possibilita trocas de fazeres e saberes enriquecedoras para a cultura e público candango.
“Nós, do Coletivo das Yás, teremos o prazer de receber a cantora, compositora e dançarina baiana, Clécia Queiroz, para uma oficina sobre o Samba de Roda e as Culturas Tradicionais de Terreiro. É muito importante ter iniciativas e espaços que permitam esse intercâmbio cultural”, ressalta.
“Há anos trabalhamos com culturas populares. Esses territórios sempre participaram de festivais, e agora têm espaço de protagonismo, para que falem deles mesmos e formem pessoas. O prêmio Mestre Zezito, alcançado pela Rosa dos Ventos, é um reconhecimento pelo trabalho de fortalecimento da memória das Tradições culturais e fomento de Mestre e Mestras, ou seja, o conceito do Circuito Candango de Culturas Populares”, explica Stéffanie Oliveira, presidente do Instituto Rosa dos Ventos.
Mais do trabalho desempenhado pelo circuito pode ser conferido no site do instituto e nas redes sociais: @territoriosafrocandangos e @rosadosventosinstituto.
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