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De insulina a máscara contra Covid, conheça tecnologias criadas na UnB

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DÉLIO ANDRADE
DÉLIO ANDRADEhttp://delioandrade.com.br
Jornalista, sob o Registro número 0012243/DF

A Universidade de Brasília (UnB) se destaca como pioneira na proteção da propriedade intelectual no Distrito Federal. Por meio do Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico (CDT), a UnB desempenha um papel crucial ao apoiar iniciativas inovadoras e fomentar o desenvolvimento de competências empreendedoras.

Atualmente, a universidade federal, junto ao CDT, dispõe de mais de 800 ativos intangíveis protegidos, como patentes (nacionais e internacionais), programas de computador, marcas, desenhos industriais e cultivares.

Com certeza você conhece algumas das tecnologias listadas aqui, mas você sabia que todas elas foram desenvolvidas pela Universidade de Brasília? Confira.

1. Insulina humana para diabéticos

Antes do advento da tecnologia, os diabéticos do tipo 1 dependiam da insulina extraída do pâncreas de porcos. Embora melhorasse a qualidade de vida para quem antes não dispunha de alternativas, havia problemas.

Nesse aspecto, a UnB, junto com a Biobrás/Biomm, desenvolveu uma tecnologia que revolucionou o método de produção de insulina ao redor do mundo e, em 1998, a tecnologia foi licenciada para a empresa cotitular.

Os estudos feitos pela UnB contaram com os avanços proporcionados pela engenharia genética, que possibilitaram a produção do hormônio por micro-organismos. No caso da UnB, a bactéria alvo foi a Escherichia coli, encontrada no intestino humano.

2. Inovação agrícola que pode acabar com a fome no mundo 

Outra parceria para desenvolvimento de tecnologias foi firmada entre a universidade, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a spin-offs da UnB Krilltech Nanotecnologia Agro SA, no desenvolvimento de uma nova ferramenta, a Arbolina, que potencializa a fotossíntese de plantas.

A tecnologia é capaz de proporcionar respostas fisiológicas de melhorias no desenvolvimento e na produtividade dos cultivos de forma sustentável, sendo uma alternativa agrícola biocompatível e de baixa toxicidade em comparação com os agrotóxicos utilizados pela indústria agropecuária no Brasil.

Dessa forma, a tecnologia faz com que o produtor consiga colher de 20% a 70% a mais do que a colheita habitual, sem o uso da tecnologia a depender do tipo de cultivo. Outra importante aplicação da tecnologia é na recuperação de área degradadas.

3. Reciclagem de bitucas de cigarro

Outra tecnologia voltada para a sustentabilidade é o método de transformação de bitucas de cigarro descartas em papel reciclado.

As ações vão desde a instalação de pontos de descarte consciente de bitucas de cigarro até a coleta e tratamento desse material para reaproveitamento de forma ecológica. É possível que você já tenha visto os pontos de coleta espalhados por praias, shoppings e nas ruas de várias cidades do país. Pois é, nasceu em Brasília.

4. Respirador Vesta 

O respirador Vesta, desenvolvido por uma parceria entre a UnB e a Universidade de Campina Grande (UFCG), foi desenvolvido com o objetivo de impedir a propagação de doenças infecciosas.

A inovação dessa máscara está baseada na utilização de nanotecnologia com quitosana para promover uma filtragem que atua tanto na entrada quanto na saída do ar respirável pelo usuário. Essa filtragem possui a capacidade biocida, ou seja, elimina os vírus e os micro-organismos que entram em contato com o filtro. A máscara foi bastante utilizada durante a pandemia de Covid-19.

5. Neurovespina 

A Neurovespina é um composto modificado a partir de uma molécula encontrada na peçonha de uma vespa social muito comum no brasil. Ela possui diversos usos e aplicações, auxiliando a tratar doenças como a epilepsia, glaucoma e parkinson. O produto é eficiente no tratamento destas doenças, além de ser inspirado e fabricado com o uso da biodiversidade brasileira.

6. Kit de tratamento de feridas em pessoas diabéticas

A inovação é um sistema de tratamento das feridas em diabéticos, de forma a evitar a evolução em úlceras e a amputação de membros. O tratamento inclui o amortecimento para reduzir a pressão excessiva em áreas que se encontram sob o risco de ulcerações causadas pelo diabetes.

A palmilha age redistribuindo uniformemente a pressão em toda a face plantar dos pés. Além disso, nos casos em que já ocorreu a lesão, o kit de tratamento utiliza um sistema indutor de neoformação tecidual para o pé-diabético, com circuito emissor de luz de LEDs e utilização de curativos do látex natural, sendo possível, a cura da ferida do paciente.

7. Med UTI

O programa é capaz de identificar possíveis interações medicamentosas perigosas, evitando que reações químicas dos medicamentos ministrados causem a piora do paciente, a ocorrência de efeitos colaterais graves, e, ainda, que o paciente venha a óbito.

O programa de computador MedUTI fornece um instrumento para a seleção de medicamentos utilizados em pacientes críticos.

Inicialmente, o objetivo era de orientar os profissionais de saúde apenas no tratamento experimental da Covid, mas foi inserido no aplicativo os medicamentos utilizados na UTI para que houvesse a possibilidade de se incluir medicamentos para tratamento de outras condições associadas ao vírus.

8. Cápsulas de óleo de pequi

O fruto, alvo de diversos estudos, possui aplicações como: anti-inflamatório, antitumoral, regenerador de tecidos, cicatrizante, e também como suplemento vitamínico, antioxidante e antimutagênico.

9. Excelência na promoção de eventos

Desenvolvido dentro do Campus Darcy Ribeiro, o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cespe) da UnB sempre foi uma referência nacional na realização e promoção de processos voltados para avaliação e seleção de profissionais para os mais diversos cargos.

Atualmente a UnB, transferiu todo o conhecimento e método desenvolvido pelo Cespe para uma spin-off da UnB, o Cebraspe. Tanto o seu método de avaliação e seleção quanto a sua marca são objetos de proteção pela universidade.

10. Aparato para controle de tremores do corpo humano

A tecnologia utiliza materiais e metamateriais inteligentes para controlar a vibração de forma passiva ou seja, sem utilizar energia elétrica externa. Além disso, diversos softwares foram desenvolvidos para auxiliar na aplicação e interação do usuário com a tecnologia.

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