Segundo informações, o secretário de Economia do Distrito Federal, André Clemente Lara de Oliveira está feliz por acomodar em sua pasta, o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Francisco Paulo Soares Lopes , que foi demitido em 16 de maio de 2018 pelo ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, depois de reportagem do jornal “O Globo” ter informado que o órgão contratou, mesmo com parecer contrário da área técnica, uma empresa para fornecer programas de computador.
Segundo o jornal O Globo, o contrato no valor de R$ 8,8 milhões foi assinado mesmo após parecer técnico do INSS indicar que os programas de computador oferecidos pela RSX não teriam utilidade para o órgão.
De acordo com a reportagem, depois de liberar R$ 4 milhões à empresa, sem obter nenhum serviço em troca, o então presidente do INSS admitiu ter autorizado o gasto sem verificar a procedência da empresa.
“Esse sujeito (Francisco Lopes) é um mentiroso”, disse em 17/5/2018, o ex-ministro do Desenvolvimento Social, deputado federal Osmar Terra, que criticou duramente o presidente do INSS Francisco Lopes – demitido na quarta-feira (16).
O INSS divulgou uma nota afirmando que o contrato foi fechado antes dele assumir a presidência do órgão e que os técnicos foram indicados por Osmar Terra.
Terra disse que o INSS falou a mando de Lopes e afirma que é tudo calúnia:
– Francisco Lopes está tentando fugir de suas responsabilidades, mentindo. Os indicados no INSS são de responsabilidade do PSC. O processo e a ordem de pagamento foram assinados por Ilton José Fernandes Filho ligado ao PSC já na gestão de Francisco Lopes.
A queda de Lopes aconteceu depois que o jornal O Globo denunciou que o INSS fechou contrato no valor de R$ 8,8 milhões com a RSX Informática, uma empresa que tinha sede numa loja de bebidas e foi rejeitada por pareceres técnicos ignorados pelo presidente.
Em 2020, Auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou a existência de prejuízo de R$ 4,6 milhões aos cofres públicos no contrato feito pelo INSS, na gestão de Francisco, para comprar softwares da empresa que funcionava em uma distribuidora de bebidas, em Brasília. O caso ocorreu durante a gestão do presidente Michel Temer (MDB).
E agora, confortavelmente instalado na Secretaria de Economia, Francisco e sua turma comandam a poderosa SUTIC (Subsecretaria de Tecnologia) e tentaram emplacar no fim de de 2020, um contrato de R$43 milhões, mas foram barrados pelo Conselheiro do Tribunal de Contas do DF (TCDF), Márcio Michel, no Processo 00600-00010108/2020-94-e, no tangente ao Pregão Eletrônico 148/2020. O objeto é o Registro de Preços para prestação de solução de monitoramento de produtividade e acesso remoto às aplicações corporativas, teletrabalho e mobilidade com instalação e configuração de acordo com as condições e características constantes no Edital do certame e seus anexos.
Através da Informação número 66/2020 (DIFTI – peça 5), que concluiu pela existência de impropriedades graves que justificam a paralisação do certame, bem como pela necessidade de determinações corretivas, o conselheiro Márcio Michel determinou em 30 de dezembro de 2020, a suspensão cautelar do Pregão Eletrônico 148/2020 – SEEC/DF, fato que irritou alguns integrantes da equipe de Francisco lotada na SUTIC (Subsecretaria de Tecnologia da Informação).
Com Francisco por perto, essa novela parece estar longe de terminar.
Confira: Decisao-Liminiar-14-2020