A publicação do Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em formato digital economizou cerca de 2,2 bilhões aos cofres do GDF. A versão 100% digital foi adotada em dezembro de 2016.
Quando ainda circulava na versão impressa, o diário custava aos cofres públicos cerca de R$ 2 milhões por ano. Os gastos incluíam, por exemplo, a contratação de serviço gráfico para impressão.
“Hoje, nossos custos giram em torno de R$ 900 mil [por ano]. Não temos mais que fazer a distribuição em administrações regionais e outros órgãos públicos. Com isso, economizamos combustível, pessoal e tempo”, explica o subsecretário de Atos Oficiais da Casa Civil, Guilherme Hamu.
Entre 2001 e 2016 havia uma versão digital, mas em formato simples e sem validade de documento oficial, que servia, portanto, apenas para consulta. Com mudanças, o acesso ao portal passou de 118 mil visualizações em 2016 para 520 mil em 2018 — um aumento de 440%.
A modernização também acarretou em benefícios ambientais. Desde o fim de 2016, cerca de duas toneladas de papéis foram poupadas. Diariamente, eram rodadas mil edições do DODF.
Com a economia, foi possível investir mais em tecnologia. Cada edição do DODF possui um código de autenticidade informado no rodapé das páginas
Além de redução dos gastos, a medida diminuiu a burocracia e facilitou procedimentos.
Para publicar minutas de portarias ou avisos de licitação, por exemplo, os órgãos precisavam protocolar os pedidos com documento físico, presencialmente, na sede do Diário Oficial do DF, que funciona no térreo do Anexo do Palácio do Buriti.
Agora, as demandas são enviadas rapidamente por meio do Sistema Eletrônico de Informações (SEI).
Para o subsecretário, a versão digital também é destaque porque facilita o uso como documento comprobatório. “Já presenciei cerca de 50 funcionários da Educação há mais de uma hora na fila querendo comprar um jornal. Antes, o servidor precisava levar o material impresso com o seu nome para pedir aposentadoria ou abrir uma conta bancária”, conta.
Mais segurança
Com a economia, atualmente, os recursos são voltados para segurança e aperfeiçoamento do sistema. Cada edição possui um código de autenticidade informado no rodapé das páginas.
Essa certificação digital é feita pela Imprensa Nacional e supervisionada pela Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP). “Isso nos garante um sistema totalmente seguro em termos de tecnologia da informação”, acrescenta Hamu.